sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Vice de Bolsonaro defende nova Constituição sem Constituinte

Para Mourão, Constituição atual, de 1988, deu início à crise pela qual passa o país



13.set.2018 às 22h26

CURITIBA e SÃO PAULO
Estelita Hass Carazzai
Rodrigo Vizeu

Candidato a vice de Jair Bolsonaro (PSL), o general Hamilton Mourão (PRTB) defendeu nesta quinta-feira (13) que o país faça uma nova Constituição, mais enxuta e focada em "princípios e valores imutáveis", mas não necessariamente por meio de uma Assembleia Constituinte.

Para ele, o processo ideal envolveria uma comissão de notáveis, que depois submeteria o texto a um plebiscito, para aprovação popular —algo que, atualmente, não se enquadra nas hipóteses previstas em lei.

"Essa é a minha visão, a minha opinião", disse, destacando que essa não é a proposta da candidatura, nem de Bolsonaro. "Uma Constituição não precisa ser feita por eleitos pelo povo."

Atualmente, a única forma de se alterar a Constituição é por meio de uma emenda constitucional, que precisa ser aprovada por três quintos do Congresso. O candidato a vice não deu detalhes de como seria formada a comissão de notáveis, mas a proposta só seria possível, dentro da lei, se o Congresso assim o aprovasse.

Mourão, que deu uma palestra a empresários em Curitiba, defendeu que a ideia não é antidemocrática, e disse que já houve Constituições no Brasil que vigoraram sem terem passado pelo Congresso.

"Não em ditadura; em período democrático. A Constituição de 1946, lembra como ela foi feita", afirmou.

De acordo com o constitucionalista Luiz Guilherme Arcaro Conci, professor da PUC-SP, porém, a Constituição de 1946, a que se referiu o candidato, foi, sim, feita pelo Congresso.

Questionado posteriormente pela Folha, Mourão afirmou que pode ter se confundido ao citar a Constituição de 1946.

Os textos que não passaram por representantes eleitos pela população foram os de 1824, 1937 e 1969, que não coincidem com regimes democráticos no Brasil.

Para Mourão, a atual Constituição, de 1988, deu início à crise pela qual passa
o país.

"Tudo virou matéria constitucional. A partir dela, surgiram inúmeras despesas. A conta está chegando, está caindo no nosso colo. Chegou o momento em que temos que tomar uma decisão a respeito", afirmou.

Mourão, porém, reconheceu que a edição de uma nova Constituição é algo "muito difícil de se conseguir" nesse momento no Brasil.

O general ainda rechaçou a possibilidade de intervenção militar no Brasil, e disse que a democracia precisa ser "afirmada como um valor fundamental do nosso país".

"Por pior que seja esse sistema, ele ainda é o melhor de todos", declarou.

FONTE: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/09/vice-de-bolsonaro-defendenova-
constituicao-sem-constituinte.shtml

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Minucioso, livro "Medo" descreve governo Trump como bomba-relógio

Em nova obra, Bob Woodward narra pensamentos alheios e retrata presidente como ignorante


Patrícia Campos Mello



Se Donald Trump, não tivesse um grave déficit de atenção e uma péssima memória, nós estaríamos na Terceira Guerra Mundial. É isso que se depreende do livro "Fear:Trump in the White House"("Medo:Trump na Casa Branca"), do jornalista Bob Woodward, lançado nesta terça (11) nos EUA e que chega em outubro ao Brasil pela editora Todavia.

No livro, Woodward relata o esforço concentrado de alguns assessores do presidente dos EUA para salvá-lo de si mesmo e impedir que faça grandes bobagens, tais como: sair do acordo comercial com a Coreia do Sul, sair da Otan (a aliança militar encabeçada pelos EUA), assassinar o ditador Bashar al-Assad, da Síria, tuitar mandando todos os soldados americanos saírem da Coreia do Sul, sob pena de deflagrar um ataque de Pyongyang.

Algumas vezes, é bom dizer, eles fracassam —vide a reação de Trump aos protestos em Charlottesville em que ele igualou manifestantes contrários ao racismo a neonazistas. Ou a tentativa infrutífera de impedir que Trump fique cinco horas por dia assistindo ao noticiário na TV e que use o Twitter como megafone.

Mas, segundo o livro, a incapacidade de Trump de prestar atenção —não lê nem ouve briefings de segurança, esquece ordens que deu, volta atrás em decisões— é que acaba impedindo o presidente de fazer estragos maiores.

Gary Cohn, que foi o principal assessor econômico de Trump, e Rob Porter, ex-secretário pessoal do presidente, rotineiramente retiravam da mesa do republicano documentos com ordens que ele decidia intempestivamente. 

Na maioria das vezes, Trump nem reparava no sumiço e nunca mais falava no assunto. Os dois também filtravam que tipo de informação podia chegar até Trump. Era um "golpe de Estado administrativo". 

Porter e Cohn, os personagens que mais aparecem no livro, já vieram a público criticar a obra, mas de forma pouco específica. Porter nega que documentos tenham sido "roubados" da mesa de Trump e que ele tenha tentado "proteger" o presidente de certos pontos de vista considerados nocivos, e Cohn diz que o livro não retrata sua experiência no governo.

Woodward também cita em detalhes diálogos surrealistas entre Trump e os assessores.

Ouvindo Gary Cohn falar que as taxas de juros, que estavam baixas e iam começar a subir, Trump teria sugerido: 

"Vamos pegar um monte de dinheiro emprestado agora, esperar, vender depois e ganhar um monte de dinheiro".

Cohn, segundo o livro, ficou "chocado com a falta de compreensão básica de Trump" e tentou explicar que, dessa maneira, aumentaria o déficit do governo.

Ao que Trump teria retorquido, ignorando como se produz inflação: "Como assim? É só imprimir dinheiro".

O livro também relata o processo de contratação de Trump —anunciar pelo Twitter o novo ministro ou secretário antes de ele aceitar e se orientar por fatores estéticos. Não gostou, por exemplo, se seu ex-conselheiro de Segurança Nacional H.R. McMaster porque estava vestido como "vendedor de cerveja" e de John Bolton, o atual, por causa de seu bigode.

Não fosse o autor o respeitado Bob Woodward, o leitor poderia achar que ele instalou microfones em todos os participantes. Foi Woodward que revelou, ao lado de Carl Bernstein, o escândalo de escutas Watergate, que levou à renúncia de Richard Nixon em 1974 (a investigação é relatada no livro "Todos
os Homens do Presidente", que no Brasil é publicado pelo selo Três Estrelas, do Grupo Folha).

O nível de detalhes em "Fear" é impressionante, além de ele tentar relatar o que os personagens sentiram a cada momento. Para os críticos, é o chamado "jornalismo mãe Dinah", de poderes mediúnicos.

Woodward diz que faz as entrevistas em "deep background" (pode-se usar toda a informação, desde que não se identifique a fonte) e afirma ter "centenas de horas de entrevistas com participantes e testemunhas desses acontecimentos". Ele usou o mesmo método em seus outros livros sobre presidentes —Barack Obama, Bill Clinton e George W. Bush, o que mostra impressionante acesso ao poder. 

Em Washington, a "lei de Woodward" costuma ser respeitada: se não quiser ser destruído, sente para falar com Woodward e dê sua versão dos fatos, senão outros darão.

FONTE:
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/09/minucioso-livro-medodescreve-
governo-trump-como-bomba-relogio.shtml

sábado, 30 de setembro de 2017

Qual a diferença dos casos Aécio e Delcídio. E do contexto político


Parlamentares que votaram pela manutenção da prisão imposta pelo Supremo ao então senador petista, em 2015, agora questionam conduta do tribunal contra o tucano

Senadores Delcídio do Amaral e Aécio Neves


A tribuna do Senado foi ocupada na quarta-feira (27) por parlamentares criticando e defendendo a decisão do Supremo de afastar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) do cargo. A maioria foi a favor do tucano, que responde a acusações por corrupção passiva e obstrução de justiça. Para ministros do tribunal, Aécio deve ser afastado para não atrapalhar as investigações. Entre os críticos da decisão dos ministros do Supremo estava o senador Jorge Viana (PT-AC), partido opositor ao PSDB de Aécio: “Essa decisão não pode ter como resposta o silêncio do Senado, porque foi muito grave, muito grave. Eu não estou aqui para fazer a defesa ou salvar o senador Aécio Neves. Eu acho que nós temos que tentar salvar a Constituição e o Estado democrático de Direito em nosso país” Jorge Viana (PT-AC) senador No âmbito jurídico, a discussão que tem unido até mesmo partidos adversários decorre das leituras divergentes em torno do que a lei determina sobre a proteção do mandato parlamentar e em quais casos o Senado deve se manifestar sobre uma ordem judicial. A rigor, um deputado ou senador só pode ser afastado do cargo se for cassado pelos colegas ou se for preso em flagrante. 


Quando há prisão, ainda assim, a Câmara ou o Senado deve validar a punição. Foi o que ocorreu com o ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), em novembro de 2015, suspeito de tentar atrapalhar as investigações da Lava Jato. No caso de recolhimento domiciliar noturno (sanção imposta a Aécio), havia divergências sobre se o Senado deve votar a decisão ou somente acatá-la. 

Em sessão realizada na quinta-feira (28), por 43 votos a favor, 8 contra e 1 abstenção, o Senado decidiu que vai se manifestar sobre a ordem do Supremo. A votação está prevista para terça-feira (2). Diante das manifestações críticas ao tribunal, o resultado mais provável é que a Casa rejeite o pedido de afastamento. 

O que diz a lei 

RECOLHIMENTO E PRISÃO 

De acordo com o Código de Processo Penal, “recolhimento domiciliar no período noturno” é uma medida cautelar alternativa. Do ponto de vista jurídico, é diferente de prisão (quando a liberdade é suprimida) e de prisão domiciliar (em que se deve ficar sempre em casa). A Constituição diz que Câmara e Senado devem validar pedidos de prisão contra parlamentares, mas não faz referência a pedidos de recolhimento noturno, por exemplo. 

DIVERGÊNCIAS 

Até mesmo ministros do Supremo dividem-se sobre a necessidade de o Senado validar o afastamento imposto a Aécio. Uma ação apresentada por três partidos pede que o tribunal delibere, de modo definitivo, sobre quais sanções a parlamentares devem ser submetidas a votações no Congresso. O assunto, portanto, deve voltar em breve ao Supremo. 

O Senado diante de Delcídio e de Aécio 

Parlamentares que agora criticam o Supremo tiveram posicionamento diferente diante do pedido de prisão de Delcídio, cuja decisão também dividiu interpretações entre professores de direito. 

Isso porque o então senador não foi flagrado cometendo um crime. Mas a maioria dos ministros entendeu que Delcídio integrava uma organização criminosa. Esse crime se enquadra no conceito de “crime permanente” e, por essa razão, o flagrante poderia ser feito “a qualquer tempo”. 

Quando o caso foi ao Senado, apenas o PT defendeu que a decisão desrespeitou a Constituição. Os senadores do PSDB, entre eles Aécio, e do PMDB votaram em peso pela prisão de Delcídio. Por 59 votos a favor, 13 contrários e uma abstenção, o parlamentar foi mantido preso. 

“A decisão [pela manutenção da prisão] não poderia ser diferente à luz da Constituição, mas é uma decisão que não alegra a ninguém, nem a nós da oposição” 
Aécio Neves (PSDB-MG) senador e presidente afastado do PSDB, em 25 de novembro de 2015 

Dois anos depois, Aécio afirma que a sanção aplicada a ele é uma “uma condenação sem que processo judicial tenha sido aberto”. 

O senador Aécio Neves aguarda serenamente que seus advogados tomem, dentro dos marcos legais, as providências necessárias a buscar reverter as medidas tomadas sem amparo na Constituição” 
nota divulgada pela assessoria do senador Aécio Neves em 27 de setembro de 2017 

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que votou pela manutenção da prisão do ex-petista, também reagiu à sanção imposta a Aécio: 

“Se a Constituição foi ferida pela decisão, e cabe ao Senado tomar uma decisão baseada na Constituição, obviamente que o Senado vai tomar as providências. A Constituição não tem afastamento de mandato” 
Eunício Oliveira (PMDB-CE) presidente do Senado, em declaração a jornalistas 

Para o vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que também votou contra Delcídio, houve “ativismo judicial” no caso de Aécio. E faz um mea-culpa em relação ao ex-petista: 

“Hoje eu sinto que há um sentimento de remorso em relação a essa decisão tomada no caso do Delcídio” 
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) vice-presidente do Senado, em entrevista ao Blog do Josias

Defendendo coerência de atuação nos dois momentos e ao posicionamento partidário, a bancada do PT afirmou que votará contra a sanção aplicada ao senador tucano, mas que representará contra ele no Conselho de Ética – colegiado do Senado responsável por abrir processos e punir falhas de parlamentares. Em julho, o conselho arquivou pedido para investigar o tucano, flagrado em gravações feitas pelos donos da JBS e base da denúncia contra ele no Supremo. 

O peso do contexto político 

No âmbito político, o debate em torno da decisão contra Aécio ultrapassa as dúvidas jurídicas que recaem sobre o caso. Uma comparação entre o cenário nacional em que o caso do tucano ocorre traz elementos bem diferentes ao período que marcou a prisão de Delcídio, dois anos atrás. 

Como era em 2015 

REAÇÃO DAS RUAS 
Em novembro de 2015, o então senador era líder do governo da presidente Dilma Rousseff (2011-2016). A gestão já sofria forte desgaste político e era alvo de protestos nas ruas. No Congresso, Dilma cada vez mais perdia apoio da base, até mesmo do PMDB, que ocupava diversos ministérios e a vice-Presidência, com Michel Temer. Hoje, com Temer no Planalto, o governo tem a maior rejeição já registrada na história recente do país. Mas não há ninguém na rua protestando. 

LAVA JATO NO INÍCIO 

A operação naquele momento atingia com mais força quadros do PT. No Congresso, deputados e senadores já eram citados na Lava Jato, mas poucas decisões judiciais afetavam a classe política até então. As condenações concentravam-se na primeira instância da Justiça, que não atingiam autoridades com foro privilegiado. No Senado, no dia em que o pedido de prisão de Delcídio foi votado, 13 parlamentares eram alvos de inquérito. 

Como é em 2017 

AÉCIO: DE OPOSITOR A ALIADO 
Até ser flagrado nas delações da JBS, Aécio era presidente nacional do PSDB, partido que afiançou o impeachment de Dilma e apoiou a chegada de Temer ao poder. Mesmo desgastado pelas investigações, Aécio está entre os tucanos que defendem a permanência do PSDB no governo Temer, também ele alvo de denúncias criminais no caso JBS. O presidente, por ora, conta com apoio da maioria do Congresso e não há manifestações fortes para que ele deixe o cargo. Além disso, Temer e PSDB contam com apoio de empresários e do mercado. 

LAVA JATO AVANÇA 
O número de senadores investigados pela Lava Jato saltou de 13, em 2015, para 30, em 2017. Na Câmara, há 63 deputados com inquérito em andamento. De lá para cá, o Ministério Público Federal e a Justiça avançaram em apurações que atingem políticos de peso no cenário político. Além de Aécio e Temer, já há condenações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contra o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e contra o ex-governador do Rio Sergio Cabral. 

Para parlamentares que defendem a decisão do Supremo no caso de Aécio, as manifestações contrárias são “malandragem jurídica”, nas palavras do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Há quem veja nos questionamentos ao tribunal uma tentativa de autoproteção entre os parlamentares investigados pela Lava Jato, que agora buscariam uma reação com objetivo de “frear” o Judiciário. 

Parlamentares do PSDB e PMDB dizem não se tratar de “salvar” o mandato de Aécio, mas de preservar o trâmite legal dos casos e a separação entre os Poderes.

FONTE: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/09/28/Qual-a-diferen%C3%A7a-dos-casos-A%C3%A9cio-e-Delc%C3%ADdio.-E-do-contexto-pol%C3%ADtico


sábado, 22 de julho de 2017

'Me dá pena, pena pelo Brasil', diz Mujica sobre manobra para salvar Temer na Câmara



Em entrevista à BBC, o ex-presidente uruguaio José "Pepe" Mujica afirma que o atual cenário político "gera a imagem de um Brasil muito doente" e lamenta a manobra feita para salvar Michel Temer da denúncia de corrupção passiva oferecida à Câmara pela Procuradoria-Geral da República; "Me dá pena. Pena pelo Brasil por ver o que aconteceu com uma comissão que estava estudando as eventuais acusações, em que tiveram que mudar a composição dessa comissão. E tudo indica que houve muita influência para poder colocar gente que não decepcionasse o governo", disse; ele afirma não acreditar em "nenhuma" nas acusações contra Lula e diz que as reformas do governo Temer representam "mais de 50 anos de atraso"
José Mujica, ex-presidente do Uruguai


 "Me dá pena. Pena pelo Brasil por ver o que aconteceu com uma comissão que estava estudando as eventuais acusações, em que tiveram que mudar a composição dessa comissão. E tudo indica que houve muita influência para poder colocar gente que não decepcionasse o governo".
O lamento é do ex-presidente uruguaio José Pepe Mujica, que analisa a situação política no Brasil em entrevista à BBC (confira na integra).
Na conversa com a jornalista Marcia Carmo, ele diz não acreditar em "nenhuma" das acusações em que o ex-presidente Lula é réu, critica as delações premiadas no âmbito da Operação Lava Jato e diz que as reformas do governo Temer representam "mais de 50 anos de atraso".
Para ele, "o que está acontecendo no Brasil hoje tem antecedentes". "Eu não posso separar isso da forma como expulsaram Dilma Rousseff da Presidência", avalia. "Porque é evidente que no Brasil tudo ganhou um tom conspirativo de extrema-direita que está atropelando um conjunto de conquistas e melhoras sociais", explica.
Sobre o juiz Sergio Moro, que condenou Lula e sequestrou todos os seus bens, faz a seguinte descrição: "acho que ele está trabalhando no compasso desses setores ultraconservadores e, na verdade, o que se percebe é que pretendem fechar o caminho para a candidatura de Lula, porque de outra forma é difícil que possam evitar que ele vença". 
Mujica diz ainda que há um avanço do "falso moralismo" no País.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

7 coisas que você precisa saber sobre João Doria

Todas as informações contidas neste artigo são públicas e contém informações que foram pesquisadas no Google no dia 
Bill Gates é um dos grandes empreendedores americanos e todo mundo sabe o que a empresa dele produz. João Doria, também é tido como um dos “grandes empreendedores do Brasil”, mas nós não sabemos exatamente o que suas empresas produzem. Sendo assim fomos pesquisar para saber qual é o “Windows” do “Grupo Doria”,  qual é o grande produto que alavancou o nome de Doria para o panteão do empreendedorismo nacional e por sua vez à prefeitura de São Paulo.
Descobrimos coisas muito interessantes sobre o prefeito. Confira abaixo!

1 – O SITE DO GRUPO DORIA AINDA ESTÁ EM CONSTRUÇÃO

Com a rotina corrida de acordar cedo pra varrer as ruas de São Paulo,  João Doria talvez ainda não tenha conseguido tempo útil para delegar que uma equipe termine o site do seu “grupo empresarial”. De qualquer forma, o site em construção hospedado sob o endereço https://www.grupodoria.com.br/ nos deu uma pista para nossa segunda descoberta.

2 – SUA PRINCIPAL “EMPRESA”,  LIDE “GLOBAL” POSSUI UNIDADES EM 15 PAÍSES, MAS AINDA NÃO TEM SITE EM INGLÊS.

Pelo site oficial do Grupo Doria nós não descobrimos exatamente o que suas empresas fazem, então seguimos para o site indicado, que parece não ser exatamente de uma empresa, mas de um “grupo de empresários”, o LIDE “uma organização de caráter privado, que reúne empresários em diversos países.” diz a publicação.  O grupo LIDE se diz “GLOBAL”, diz ter atuação em diversos países, mas ainda não possui um site em inglês. Você conhece alguma empresa ou entidade com atuação global que não tenha ao menos um website em inglês? Nós também não, mas se encontrar indique lá nos comentários.  Site:  https://www.lideglobal.com/
A curiosidade só aumentou e isso nos levou para o item a seguir.


3 – ELE VIAJA EM UM JATO PRÓPRIO QUE NÃO FOI DECLARADO AO TSE.

Pesquisando as últimas notícias sobre o prefeito, descobrimos na coluna da jornalista Mônica Bergamo na Folha de São Paulo,  que ele anda viajando pelo mundo em seu jato particular. Diz a coluna: “O prefeito de São Paulo, João Doria, decidiu viajar pelo mundo, mesmo a trabalho, em seu próprio jato particular. (…)  Doria partiu em seu Legacy 650, de preço estimado em US$ 30 milhões, para visitar o papa Francisco em Roma. (…)  O jato, da Embraer, tem o prefixo PR-JDJ –as iniciais de João Doria Junior.”
No site da ANAC, descobrimos que o avião está em situação de alienação fiduciária e pertence à DORIA ADMINISTRACAO DE BENS LTDA,  que declarou um patrimônio de 34 milhões ao TSE.  O jato modelo “Embraer Legacy 650” está avaliado em aproximadamente R$ 90 milhões (US$30 milhões)
Todos os bens da declaração ao TSE somam 179 milhões e você pode acessá-la aqui:
http://divulgacandcontas.tse.jus.br/divulga/#/candidato/2016/2/71072/250000004975/bens
Só o valor do jato representa metade de todo o valor declarado, o que nos levou a nos levou pesquisar e chegar ao próximo item.

4 – SEGUNDO MATÉRIA DO ESTADÃO, ELE TAMBÉM NÃO DECLAROU 2 APARTAMENTOS EM MIAMI, UM DELES EM NOME DE UMA OFF-SHORE REGISTRADA PELA MOSSAK FONSECA, AQUELA DO PANAMA PAPERS

O apartamento também não declarado, vale US$ 11,2 milhões e fica em uma área nobre de Miami. Segundo a matéria do Estadão, o prefeito ainda possui um outro apartamento, também não declarado que vale US$ 243 mil e foi adquirido por meio de uma empresa offshore aberta pela Mossack Fonseca, empresa envolvida no escândalo do Panama Papers.  Ainda segundo a reportagem do Estadão a casa onde mora o prefeito foi subvalorizada na declaração de bens enviada ao TSE. O imóvel declarado por R$ 12,4 milhões, valeria ao menos 3 vezes mais.
Para os advogados de Doria, a declaração de bens à Justiça Eleitoral foi feita de acordo com a lei, mas segundo os nossos cálculos ou de qualquer um que saiba fazer contas, os bens NÃO declarados somam quase o mesmo valor do que foi declarado ou seja, Doria não declarou no mínimo 50% do valor total de todos os seus bens.
Fomos pesquisar então o que fazem suas empresas para arrecadar tanto e você confere no próximo item.

5 – AS EMPRESAS DE DORIA “EMPREENDEM” EM “PARCERIA” COM O ESTADO

Os seguidores do prefeito adoram falar em “Estado Mínimo” e usam como exemplo a “gestão” e “eficiência” e principalmente o corte de gastos, e nós concordamos que o dinheiro do povo não deva ser gasto com banalidades, como as revistas de coluna social que são publicadas pela Doria Editora por exemplo.  Mas as empresas do “Grupo Doria” fazem “sucesso” em muitas “parcerias” com o Estado.  São milhões de reais gastos em publicações desconhecidas por 99% das pessoas que pagam impostos no Brasil.
Segundo matéria publicada no portal UOL, os governos tucanos repassaram R$ 10,1 milhões a empresas de Doria desde 2010, porém, nem só de verba tucana vivem as empresas de “João Trabalhador”.  Com pelos menos 7 CNPJs elas aparecem como fornecedoras de diversas empresas e órgãos ligados à governos estaduais e também em pagamentos do governo federal. Você mesmo pode pesquisar jogando os CNPJs no Google e obviamente só irá encontrar o que foi publicado em portais de transparência.
Para ajudar nessa tarefa, listamos abaixo alguns pagamentos e o nome das empresas com seus respectivos CNPJs, cada um com link para a busca do Google.
Doria Administração e Eventos LTDA  – CNPJ: 01.409.348/0001-08
É a empresa a qual está registrado o Jato Legacy 650 que não foi declarado ao TSE. Este CNPJ aparece em diversos pagamentos do governo federal no portal da transparência como nos exemplos abaixo.
Doria Editora Ltda. –   CNPJ: 11.704.394/0001-85A Doria Editora, que também não tem site nem página no Facebook, possui publicações “direcionadas a leitores exigentes”, segundo perfil publicado na plataforma Issu.  “São dezesseis revistas, destas, onze direcionadas ao mundo corporativo, economia e negócios, e cinco voltadas a estilo de vida, comportamento, gastronomia, viagens e alto luxo”, ostenta a descrição.
O CNPJ ligado a editora, aparece em diversos pagamentos, em diversas empresas e órgãos estatais como a Embratur, o Banco do Brasil, os Correios , Caixa Econômica FederalSecretaria de Comunicação do Governo de SPlista de fornecedores do Governo de Mato Grosso,  Secretaria de Comunicação do Governo da BahiaMinistério do EsporteCompanhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais,  e aparece também em listas de pagamentos da SECOM ( Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República) de 2011, durante o governo Dilma que comprou milhares de reais em publicidade na revista Fórum e Negócios. O site da revista está fora do ar: http://www.doriassociados.com.br/revista-forum-negocios.html
Doria Eventos Internacionais Ltda – CNPJ: 11.460.578/0001-47
Não tem site, nem em português, mas o CNPJ também aparece em pagamentos no Portal da Transparência
Doria Associados Consultoria Ltda – CNPJ: 11.448.516/0001-10
O site da empresa ( http://www.doriassociados.com.br) redireciona para o site da LIDE Global e seu CNPJ aparece em pagamentos de diversas empresas e órgãos estatais. O principal é a Agência de Desenvolvimento do Governo Paulista, Desenvolve SP.
Lide — Grupo de Líderes Empresariais –  CNPJ: 19.248.787/0001-33 
Segundo o site, que não possui versão em inglês, o Lide é um grupo de Líderes Empresariais que atua em 15 países. Seu CNPJ aparece nos pagamentos da Agência de Desenvolvimento do Governo Paulista.
D.Empreendimentos Eireli – CNPJ: 12.086.271/0001-90Uma empresa de empreendimentos que não possui website.
Max Marketing e Producoes Ltda – CNPJ: 47.837.885/0001-41
Uma empresa de Marketing que não possui website.
A “influente” página do Grupo Doria no Facebook, possui apenas 11.000 curtidas e traz em seus posts as capas das revistas da editora. Os últimos posts possuem em média menos de 20 curtidas cada.
As publicações e eventos promovidos pelas empresas de Doria parecem servir apenas para alimentar e evidenciar o circulo que envolve empresários e políticos e nos levam para o próximo item.

6 – PARA UM CACIQUE DE SEU PRÓPRIO PARTIDO, DORIA NÃO PASSA DE UM LOBISTA.

Em um artigo intitulado, Para conhecer melhor João Doria, Alberto Goldman, vice presidente do PSDB e que já ocupou a vaga de vice-governador do Estado de São Paulo, diz o que em nossa pesquisa ficou bastante evidente: ” Dória se diz empresário.  Tem várias empresas, é verdade, e divulga em seu material de propaganda que, através delas, é um dos principais geradores de negócios do Brasil.  No entanto, como empresas de eventos, não produzem qualquer bem ou serviço diretamente, apenas estabelecem e ampliam relações entre empresários e agentes públicos (deputados, senadores, secretários, ministros, governadores), atividade lícita que se chama de lobby.”
Como exímio lobista e marqueteiro, Doria parece não dar ponto sem nó. Criou uma verdadeira máquina que marketing e eventos, cujo principal objetivo é reunir empresários e políticos e com isso, vender seus serviços para ambos. Assim chegou até a prefeitura de SP com a imagem de “empreendedor de sucesso” que criou através de muito marketing em suas próprias publicações e programas de TV, o que nos leva ao nosso último item.

7- É 100% MARKETING

Mansões, jatos, festas e tudo o que o dinheiro possa comprar, formam o imaginário do “empreendedor de sucesso”, mesmo que esse sucesso dependa também de verbas gordas do Estado.  O que importa é a imagem, e um homem de sucesso deve ter uma adega de vinhos cinematográfica, mesmo não sendo apreciador de vinhos.  Doria construiu a dele com garrafas emprestadas do consultor de vinhos Elídio Lopes, que virou notícia quando tentou sem sucesso reaver US$ 84 mil (cerca de R$ 265 mil) em garrafas que cedeu para a adega do prefeito.
Com essa mesma receita da adega fake, Doria começou a sua campanha para presidência da república desde o primeiro dia na prefeitura de São Paulo. Vendendo a imagem do “não político” e do “empreendedor bem sucedido” em meio a maior crise de representatividade da história do Brasil, caiu como uma luva e encantou os patriotas que desfilaram com a camiseta da CBF, um dos maiores símbolos da esculhambação nacional.
Sua última jogada de marketing ( enquanto escrevemos esse artigo) é a DronePol, um “sistema de monitoramento de segurança” feito através de drones. Para isso recebeu uma “doação” de 5 drones, 4 deles modelo DJI Phanton 4.  Segundo o site da prefeitura a doação dos equipamentos foi feita pela fabricante chinesa Dahua Technology e foi estimada em cerca de “R$ 650 mil” em equipamentos.   Cada drone DJI Phanton 4 custa US$ 1.500 cada, o que dá por volta de R$ 20.000.  O outro Drone, a nota da prefeitura diz ser da fabricante “Dahua Technology” cujo modelo é “Dahua Technology X820”,  mas nós não encontramos no Google nenhum drone dessa marca à venda , sendo assim não conseguimos saber onde foi diluído esse total de “R$ 650 mil”.
Para os desatentos, a ideia parece promissora e passa a imagem de que o prefeito é antenado ao que há de mais moderno. Porém, qualquer adolescente sabe para o que servem drones como o DJI Phantom por exemplo, cujo as baterias não duram mais de 28 minutos, uma autonomia de voo que serve apenas para fazer registros panorâmicos de imagens aéreas, pois as câmeras não possuem zoom. Os drones de “monitoramento de segurança” de Doria, não irão monitorar nada, poderão no máximo fazer belas imagens aéreas de SP, nada mais.


sexta-feira, 24 de março de 2017

Os 10 papas mais infames da História

Massacres, prostituição, assassinatos, estupros e até a venda do Trono de Pedro - tudo já foi possível


cularmente ruins praguejaram a Igreja do século 10 ao 16. Nessa época, havia uma enorme promiscuidade entre a política dos nobres e a da Igreja, e pessoas sem qualquer formação religiosa - ou sequer interesse na vida religiosa - podiam chegar ao Trono de Pedro. A corrupção desses papas seria um dos motivadores da Reforma Protestante. E a Reforma mudaria a dinâmica do poder entre reis e papas, também pondo uma enorme pressão sobre a Igreja Católica, encerrando a era dos escândalos.

10. Alexandre VI (1492-1503): Negócio em família
Membro da família Bórgia, comprou o título, subornando os cardeais. Foi um investimento: por todo seu papado – no qual, aliás, gerou 7 filhos bastardos – desviou dinheiro para a família, vendeu posições eclesiásticas, e mandou matar “hereges” para confiscar sua propriedade. Na imaginação popular, ainda hoje "Bórgia" é sinônimo de libertinagem - a lenda mais picante é que teria cometido incesto com a própria filha. Mas foi também um grande patrono das artes e aceitou em Roma os judeus expulsos da Espanha em 1492.

9. Urbano VI (1378-1389): Choro e ranger de dentes
Seu problema era a falta de diplomacia. Austero e propenso a ataques de fúria, era tão detestado que os cardeais elegeram um segundo papa em seu mandato. Isso deu início ao Cisma do Ocidente, quando o catolicismo teve dois líderes rivais, entre 1378 e 1417  - causando até mesmo uma guerra civil em Portugal, entre facções que apoiavam papas rivais. Sua "solução" foi mandar torturar os cardeais que o rejeitaram, reclamando que não ouvia gritos o suficiente. 

8. Leão X (1513-1521): Papado ostentação
Na inauguração de seu mandato, ele mandou pintar um menino em ouro e fazê-lo desfilar em Roma, anunciando uma nova "Era Dourada". A criança morreu, mas a festa continuou. Esse seria seu crime: a ostentação. Da família Médici, foi criado desde criança para a carreira religiosa, e não parece ter passado por escândalos sexuais. Mas arruinou os cofres da Igreja com sua gastança em arte e arquitetura. O que levou à ideia de cobrar indulgências, pedir dinheiro para absolver os pecados, revoltando certo monge alemão chamado Martinho Lutero. O papa finório nem se incomodou em defender a Igreja do ataque, e o cristianismo seria dividido até hoje.

7. Bonifácio VIII (1294-1303): Ele queria dominar o mundo (e era ateu)
Séculos antes, um papa tinha o complexo que seria chamado "de Napoleão". Declarou o poder absoluto do pontífice sobre todos os outros governantes. Com seu exército, saqueou e queimou a cidade de Palestrina em 1298, fazendo 6 mil mortos. Foi deposto militarmente pelos franceses. Curiosamente para quem queria o papa como imperador do mundo, parece que não acreditava em Deus. Segundo o historiador britânico John McCabe, ele teria afirmado diante de bispos, arcebispos e um rei:"Nunca existiu jesus e a hóstia é só água e farinha. Maria não era mais virgem que minha própria mãe e não existe mais problema em adultério que em esfregar uma mão na outra".

6. Clemente VII (1523-1534): O destruidor acidental da Renascença
Outro com tara por guerra. Membro da família Médici, suas maquinações políticas levaram à Guerra da Liga de Cognac, em que franceses e italianos enfrentaram espanhóis e alemães. Em 1527, uma tropa alemã-espanhola se amotinou com a falta de pagamento e rumou para Roma, que foi saqueada e arruinada. Com isso, Clemente seria o maior responsável pelo fim da  Renascença italiana. 

5. Inocente IV (1243-1254): O pai da tortura
Este não foi condenado por seus contemporâneos. Não se envolveu em nenhum escândalo e o que fez era considerado perfeitamente sensato. Mandou confiscar e queimar todos os talmudes, o livro sagrado extra-bíblico dos judeus - mas tentou evitar que eles fossem linchados pelo populacho e exigiu que os cruzados não os massacrassem. Mas a parte mais influente de seu legado seria a bula Ad Extirpanda, de 1252. Ela autorizou e regulamentou o uso de tortura pela Inquisição. A regra era que não podia haver mortes ou amputações, e que as execuções seriam feitas por autoridades seculares - que podiam confiscar a propriedade como ressarcimento pelo serviço prestado - não é difícil imaginar a que isso levou: condenações por "heresia" por puro interesse econômico.

4. João XII (955-964):  O papa Ricardão
Num sínodo, em 963, foi acusado de: inúmeros atos de fornicação, incluindo com sua sobrinha; ter estuprado peregrinas; castrado um padre e cegado outro; fazer brindes aos deuses e ao diabo. Enfim, vivia como um astro de heavy metal. Convocou um sínodo para declarar a si mesmo inocente e mandou mutilar ou matar seus acusadores. Acabou morto por um marido ciumento . 

3. Estêvão VI (896-897): Reanimator
Para agradar aliados políticos, mandou escavar o corpo putrefato do seu pré-antecessor, o papa Formoso, e o pôs num trono para que fosse julgado, no que ficou conhecido como Sínodo do Cadáver. Condenado, o corpo teve os dedos cortados, para que todas suas bênçãos fossem consideradas inválidas. Foi enterrado, desenterrado outra vez e atirado ao rio Tibre. O julgamento causou escândalo e o papa foi preso e estrangulado meses depois.

2. Sérgio III (904-911): Reanimator II - A paródia pornô
Julgar cadáveres não era suficiente para Sérgio, que mandou executar seus dois antecessores. Não suficiente porque ele, de fato, julgou: mandou desenterrar outra vez o pobre Formoso, anulou outra vez todas suas decisões e providenciou um túmulo mais honrado para Estêvão, que havia morrido em desgraça. Era também um grande festeiro: seu papado foi o início da “pornocracia”, o domínio das prostitutas com que os papas se cercavam. Com uma delas, Sérgio teve um filho, que se tornaria o papa João XI (não nesta lista, felizmente).

1. Benedito IX (1032 − 1044, 1045, 1047 – 1048): O vendedor do Trono de Pedro
A razão da pilha de números acima é que o Benedito vendeu seu papado e se arrependeu. O trono papal foi um presente de seu pai, que comprou ou pressionou os cardeais a colocarem ele "na fila". Assumiu pela primeira vez aos 20 anos. Acumulando escândalos e decidido a casar, ofereceu a cadeira a seu padrinho, o padre Giovanni Gratian - ao custo de suas "despesas" com a eleição. Como o casamento não deu certo, voltou à Roma e conquistou a cidade militarmente. Expulso, faria mais uma vez. Foi acusado de assassinatos, estupros, bestialidade, sodomia... enfim, a ficha-corrida média dos piores papas de seu tempo.
fonte: http://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/os-10-papas-mais-infames-da-historia.phtml#.WNVe_VUrL3i