segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Manifestantes saem às ruas da Índia por mais proteção às mulheres após morte de estudante


29/12/2012 16:46
Por Redação, com BBC - de Nova Délhi



Milhares foram às ruas, neste sábado, em protestos pacíficos contra a violência na Índia
Milhares foram às ruas, neste sábado, em protestos pacíficos contra a violência na Índia








A Índia é uma nação mergulhada em um extremo sentimento de pesar, após a morte da estudante de Medicina, neste sábado, em Cingapura. Milhares de indianos foram às ruas, em manifestações pacíficas, nas maiores cidades do país, exigir do governo maior proteção para mulheres e uma vida menos violenta. A vítima, de 23 anos, foi vítima de um estupro coletivo em um ônibus em Nova Déli.
As autoridades ainda não informaram a identidade da mulher, que estava internada desde o 16 de dezembro, quando ela e um amigo foram deixados, sem roupa, em uma estrada nos arredores da capital. Milhares participaram, nesta tarde, de caminhadas e vigílias por Nova Déli, Calcutá, Mumbai e Bangalore. Os manifestantes já questionam, mais do que a violência contra a jovem, a forma como o país trata as mulheres.
Em Nova Déli, mais de 6 mil pessoas foram até o observatório Jantar Mantar, uma das poucas áreas onde é permitido protestar na cidade. Após a série de manifestações dos últimos dias, o país vive um regime de exceção e reuniões de mais de cinco pessoas foram reprimidas pela polícia. A medida foi a reação das autoridades durante uma onda de protestos violentos pelas ruas do país, logo após o estupro coletivo da estudante.
Tropas posicionaram-se próximas aos prédios públicos das cidades mais populosas e passaram a dissipar qualquer aglomeração, embora milhares de manifestantes tenham enfrentado o governo e saído em uma marcha silenciosa pela cidade. Um dos manifestantes, Poonam Kaushik, ouvido pela agência inglesa de notícias BBC, culpa a “ineficiência do governo em garantir a segurança das mulheres em Nova Déli”. Kaushik acredita que a morte da estudante provocará “ainda mais ódio”.
Em uma das faixas levantadas por manifestantes, havia um claro recado à classe política indiana:
“Não queremos suas condolências. Não queremos seus sentimentos falsos! Exigimos ação imediata por leis mais duras contra agressões sexuais”.
Sheila Dikshit, ministra do governo do presidente Pranab Mukherjee, descreveu o episódio como “um momento vergonhoso” para o país. Embora tenha tentado dialogar com os manifestantes, Dikshit acabou vaiada. No diário conservador indiano Times of India um editorial pedia mudanças amplas na sociedade e lembrou que a violência contra as mulheres também ocorre em suas próprias casas.
Manifestações contidas
Segundo a equipe do Hospital Mount Elizabeth, em Cingapura, onde a jovem estava internada, ela ”faleceu em paz”, neste sábado, tendo sua família a seu lado. Seu quadro era extremamente delicado. Ela sofreu uma parada cardíaca, uma infecção no pulmão e no abdômen, além de danos cerebrais. A jovem havia saído do cinema e pegado um ônibus com um amigo até a região de Dwarka, no sudoeste de Nova Déli.
Ela foi atacada dentro do coletivo, por mais de uma hora por diversos homens e depois espancada com barras de ferro. Ela e o amigo foram lançados para fora do ônibus nus e com o veículo em movimento. Seis suspeitos são agora acusados de homicídio, com requintes de crueldade. Após os ataques, o governo têm feito anúncios sobre medidas destinadas a tornar Nova Déli mais segura para mulheres.
Uma das medidas foi a de intensificar o número de patrulhas policiais durante a noite, blitzen nos ônibus e a proibição de que esses veículos circular com janelas pintadas ou cobertas por cortinas. Os nomes e fotos de todos os condenados por estupro no país também serão divulgados pela internet, com o endereço dessas pessoas.
Setores da Justiça aventaram a possibilidade de prisão perpétua para estupradores, mas os manifestantes exigem a pena capital. 
fonte: http://correiodobrasil.com.br/destaque-do-dia/manifestantes-saem-as-ruas-da-india-por-mais-protecao-as-mulheres-apos-morte-de-estudante/564290/

domingo, 30 de dezembro de 2012

"Robert Civita é o Al Capone da imprensa brasileira" Requião quer Veja na CPI


segunda-feira, 18 de junho de 2012


Requião quer Civita na CPI: É um 'agente do diabo'
Requião diz que não se pode confundir o direito de investigar do jornalista com a participação em organização criminosa.





Discurso de Requião volta a pedir quebra de sigilo da Delta e critica exclusão da Veja
Do Site do senador Roberto Requião (video completo)


Abaixo algumas indagações feitas por Requião sobre as atividades financeiras do Grupo Abril.
1 – Existe origem declarável das remessas feitas ao exterior pelo Grupo Abril (TVA Participações; Abril Vídeo da Amazônia; Abril Coleções Ltda.; Editora Abril S.A; Televisão Abril SA; TVA – Sistema de Televisão SA; Tevecap SA e suas subsidiárias; MTV Brasil Ltda. (MTV Brasil)), a partir das chamadas contas CC-5? Qual?

Por que estaria o Grupo Abril utilizando as contas CC-5? 
Se a remessa é lícita, poderia ser feita naturalmente por um “doc”, por um documento, em qualquer agência de qualquer banco em funcionamento no País. 
Por que a CC-5? 
A CC-5 é um instrumento de “lavagem de dinheiro” mal-havido. 
E essas remessas que ultrapassam os US$260 milhões têm origem? 
Foram tributadas?
É uma indagação que deve ser respondida pela Receita Federal


2 – Houve a tributação devida nas remessas supracitadas? 
Qual a base de tributação e quanto foi recolhido pelas empresas do Grupo Abril nas remessas ao exterior?

A Comissão Parlamentar de Inquérito, instalada para analisar a situação do Sistema Financeiro (CPI do Bancos), deparou-se, durante as suas investigações, com enorme volume de recursos remetidos ao exterior a partir das contas dos não-residentes, contas CC-5.
Estas contas deveriam ser de titularidade de empresas multinacionais e de estrangeiros. Mas, de repente, são utilizadas, sem nenhuma explicação racional, por empresas que mandam recursos mal-havidos ao exterior.
O estudo dos dados referentes a remessa de recursos ao exterior, efetuado pelo Ministério Público Federal (conforme documentação em anexo) – anexo a relação do Banco Central das remessas da Abril para exterior por meio das CC-5 –, evidencia a grande participação das empresas do Grupo Abril na utilização das contas CC-5 (que monta a centenas de milhões de dólares).

fonte:http://cidadedeminas.blogspot.com.br/2012/06/robert-civita-e-o-al-capone-da-imprensa.html

Após obra milionária, chuva destrói trecho de avenida em Americana, SP


Trecho da Avenida Brasil desbarrancou durante tempestade no domingo.
Prefeitura diz que chuva foi maior dos últimos anos com danos imprevisíveis.

Do G1 Campinas e Região
A obra de R$ 75 milhões contra enchentes não evitou que um trecho das margens da Avenida Brasil, em Americana (SP), desabasse com a tempestade ocorrida na cidade na tarde deste domingo (30). Segundo os bombeiros, a força da água que desceu após o transbordamento de uma lagoa do Parque Ecológico causou o deslizamento no barranco que caiu no interior do córrego que margeia a via. Ninguém se feriu.
De acordo com o sargento do Corpo de Bombeiros, Fábio Sandin, a Defesa Civil registrou 175 milímetros de precipitação de água no período de uma hora. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, esta foi a maior chuva dos últimos anos na cidade e, por isso, a obra não resistiu ao volume de água, que era inesperado.
Uma equipe da Secretaria Municipal de Obras foi acionada ao local e até a noite deste domingo realizava reparos no local. Por conta do trabalho das máquinas no local, o trecho, no início da avenida, ficou parcialmente interditado.
Obra investigada
As obras no local, financiadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e projetadas para acabar com os alagamentos na Avenida Brasil chegaram a ser suspensas em junho deste ano após pedido feito pelo Ministério Público Federal de Piracicaba (SP) à Prefeitura.
Segundo os promotores, a obra no valor de R$ 75 milhões tinha indícios de superfaturamento nos serviços prestados por um consórcio Parque, liderado pela construtora Delta, investigada por suspeita de favorecimento em contratos fechados com governos estaduais e federal no escândalo envolvendo o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlos Cachoeira.
fonte: http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2012/12/apos-obra-milionaria-chuva-destroi-trecho-de-avenida-em-americana-sp.html

58% das leis aprovadas em SP por vereadores tratam de ruas e datas



Mais da metade das leis aprovadas em quatro anos pelos vereadores deSão Paulo foi dedicada a nomear ruas e criar datas comemorativas. Levantamento feito pelo G1 aponta ainda que a legislatura encerrada em dezembro de 2012 teve forte influência do Executivo, foi marcada por avanços no quesito transparência e teve disputa na Justiça para garantir o 13º salário dos vereadores.

Veja abaixo os principais destaques da legislatura:
Projetos do Executivo
No mandato, os vereadores de São Paulo aprovaram 381 projetos de lei (PLs) nas sessões no plenário. Nesse período, 120 projetos vieram do Executivo, ou seja, 31% do total, segundo dados fornecidos pela Câmara Municipal.
Entre 2009 e 2012, o número de projetos aprovados pelo Executivo variou bastante e oscilou entre 11% e 63% do total a cada ano. Em 2011, dos 77 aprovados pela Câmara, 49 foram propostas do Executivo, ou seja, 63%. Esse foi o ano que registrou a maior quantidade de projetos de lei que não foram propostos pelos vereadores.
Nomes de ruas e datas comemorativas
De 2009 a 2012 foram criadas 798 leis municipais, de acordo com balanço da Prefeitura de São Paulo. Esses dados referem-se a aprovação de projetos de lei, projetos de resolução, decreto legislativo e emenda à lei orgânica municipal.
Das leis criadas nos quatro anos do Legislativo, 195 foram criações de datas comemorativas e 269 foram denominações de logradouros (vias públicas). O total representa 58% das leis aprovadas no período.
Vereadores acumularam 635 faltas
Segundo dados da Câmara, entre 2009 e 2012, os 55 vereadores acumularam 635 faltas em sessões ordinárias. Os números não consideram as ausências dos parlamentares em sessões extraordinárias e nem as licenças ou faltas justificadas mais tarde.
Adolfo Quintas (PSDB), que não foi reeleito nas eleições realizadas em 2012, foi o recordista, com 42 faltas acumuladas. De acordo com sua asssessoria, Quintas enfrentou problemas de saúde, inclusive um infarto durante a pré-campanha de 2012, e alternou períodos de afastamento por motivos médicos  que até o final do mandato ainda eram alvo de debate entre a assessoria jurídica do vereador e da Câmara.

Também se destacaram no quesito faltas Netinho de Paula (PCdoB), com 34 ausências, e Antonio Goulart (PMDB), com 33. O G1 não conseguiu localizar os vereadores para falar sobre o assunto.

Denúncias
Desde 2009, 15 denúncias foram encaminhadas para a Corregedoria da Câmara, sendo que treze delas foram arquivadas. O vereador Wadih Mutran, que também ocupou o cargo de corregedor, é o que possui o nome citado mais vezes nas denúncias que envolvem desde estacionamento irregular de veículo oficial até o aumento de patrimônio pessoal. Porém, a informação sobre as denúncias não estão disponíveis no site. Mutran foi procurado pela reportagem, mas não retornou as ligações.

Na legislatura que se encerra, 28 dos 55 vereadores foram alvos de processos movidos pelo Ministério Público Eleitoral por terem recebido doações durante a campanha de 2008 consideradas acima do limite legal, mas mantiveram-se nos cargos aguardando a decisão final dos processos.

Salários e gastos
A partir de janeiro de 2013, o salário dos 55 vereadores de São Paulo passará dos atuais R$ 9,2 mil mensais para R$ 15.031,76, caso seja mantida a decisão judicial, de maio de 2012, que garantiu a eles o reajuste. Cada um dos parlamentares também terá direito ainda a verba de gabinete no valor de R$ 106.425,03 mensais para pagamento de 18 assessores. Cada gabinete tem um chefe de gabinete e até 17 assistentes parlamentares.
Os vereadores também recebem verba de custeio mensal de R$ 17.287,50 mensais, para pagamento de despesas cotidianas como correios, assinatura de jornais, materiais de escritório, deslocamentos pela cidade e serviços gráficos. Somadas apenas as verbas vinculadas diretamente a cada um dos 55 gabinetes,  os valores ainda não reajustados pela inflação chegam a R$ 123 mil.
13º pendente
Uma das propostas da última legislatura, a concessão de 13º salário para os 55 vereadores, ainda é alvo de uma disputa judicial.

No ano passado, o Ministério Público Estadual propôs ação direta de inconstitucionalidade contra a resolução 6/2011 que elevava os contracheques dos parlamentares, e a Justiça deu liminar suspendendo o benefício.
Porém, em maio de 2012, o desembargador relator da ação, Ênio Santarelli Zuliani, esclareceu que a liminar suspendeu todos os artigos da resolução, menos o 1º, justamente o que concedeu aumento para os parlamentares.
Diante da decisão, permaneceram suspensos o artigo 2º da resolução, que trata da concessão de 13º para os vereadores, o artigo 3º, que reajusta os salários automaticamente no mês de março pelo índice que incide sobre salário do funcionalismo; o artigo 4º, que aplica 22,67% sobre os salários vigentes em 2007, levando os valores para R$ 11 mil em 2011 e 2012; e o artigo 5%, que prevê manutenção do valor do salário mesmo que não haja edição de nova norma a respeito.
Transparência
A Câmara de São Paulo evoluiu no quesito transparência ao divulgar dados sobre o funcionamento da casa e seus gastos.
A Casa passou a divulgar em 2011 salários de forma detalhada e atualmente disponibiliza também contratos, lista de presenças, detalhes da tramitação de projetos, votações e gastos dos vereadores.
As informações estão no sitewww.camara.sp.gov.br mesmo antes de a lei de acesso à informação, assinada pela presidente Dilma Rousseff, entrar em vigor em maio deste ano.
A divulgação dos salários não agradou aos funcionários da Casa, que entraram na Justiça para tirar as informações do site. O pedido foi negado.

A lei de acesso à informação prevê a criação de um serviço de informação ao cidadão (SIC). Segundo a Câmara, esse órgão existe na Casa e pode ser acessado por meio do e-mail sic@camara.sp.gov.br.
Presidência
Para o presidente da Câmara nos últimos dois anos, José Police Neto (PSD), a "escuta da população, a transparência e a produção de leis e de conhecimento" deram a tônica da sua administração.
"Isto se concretizou com a criação da Ouvidoria e da Escola do Parlamento; da transmissão ao vivo pela internet de todas as sessões plenárias e reuniões realizadas na Câmara, assim como a publicação dos salários, dados e contratos e da 1ª Maratona hacker realizada por um órgão público”, afirmou Neto.
Mais importante
G1 perguntou para os vereadores o que consideram ter sido o mais importante em sua atuação durante o mandato e pediu que eles respondessem em até 140 toques. Eles destacaram projetos de lei, áreas de atuação e o trabalho de fiscalização aos atos do Executivo.
Os 55 vereadores que estão terminando essa legislatura foram contatados. Até o fechamento desta reportagem, 41 haviam respondido.

Álvaro Dias: novas denúncias sobre enriquecimento ilícito

30 DE DEZEMBRO DE 2012 - 9H27 
Alvaro Dias
Álvaro Dias


O possível envolvimento do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) com empresários ligados à origem do escândalo do ‘mensalão’, a Ação Penal (AP) 470, que o Supremo Tribunal Federal (STF) terminou de julgar em meados deste mês, piora a imagem pública do político tucano. 

Dedicado a apontar falhas de caráter em integrantes da esquerda brasileira, Dias bebeu do próprio veneno ao ver noticiada, nos últimos dias, a condenação judicial a que será submetido em um processo na Vara de Família de seu Estado. O processo, movido por sua filha menor de idade, levou-o a admitir a propriedade de cinco mansões em seu nome, no valor de R$ 16 milhões. À Justiça Eleitoral, o parlamentar declarou patrimônio de apenas R$ 1,9 milhão.

Em notícia divulgada nesta sexta-feira (28), na internet, Dias teria obtido parte dos recursos necessários à construção de seu patrimônio junto às empresas dos irmãos Basile e Alexandre George Pantazi, que estiveram envolvidas nos primórdios do escândalo nos Correios. 

A denúncia, reproduzida no blog Amigos do Presidente Lula, apresenta a ligação entre o senador paranaense no processo, que não está protegido por nenhum segredo de Justiça, que cita como ré a empresa AGP Administracão, Participação e Investimentos, cujo sócio-gerente seria Pantazis, dono também da Dismaf Distribuidora de Manufaturados. Esta última é a empresa envolvida nas investigações dos Correios e citada em reportagem da revista semanal de ultradireita Veja, de 13 de abril de 2011. Segundo a reportagem, a empresa teria pagado propinas ao PTB sobre contratos nos Correios.

Segundo o blog, “o aparecimento desta súbita fortuna causou perplexidade à nação brasileira, que pergunta: como o senador, da noite para o dia, aparece como um dos parlamentares mais ricos do Brasil?. Detalhe: o processo não está em segredo de justiça, ao contrário do que disse o senador em seu twitter, e não é uma mera disputa familiar. É uma disputa patrimonial graúda envolvendo mais 10 réus ao lado de Alvaro Dias, e quatro deles são pessoas jurídicas. Uma das empresas ré na causa é a AGP Administração, Participação e Investimentos Ltda., de Alexandre George Pantazis, indicando que Alvaro Dias teve algum tipo de negócio com esta empresa envolvendo os R$ 16 milhões em questão”.

“A Dismaf foi objeto de uma reportagem da revista Veja (em 13/04/2011), acusando a empresa de pagar propinas ao PTB sobre contratos nos Correios, no caso que deu origem ao ‘mensalão’ a partir da gravação feita por um araponga de Carlinhos Cachoeira, que levou Roberto Jefferson a dar a entrevista em 2005. A reportagem foi baseado na denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal. Declarada inidônea pelos Correios, a empresa não podia participar de licitações, mas ganhou uma na Valec (que constrói a ferrovia norte-sul) para fornecer trilhos. O fato foi alvo de auditoria na CGU e foi um dos motivos para demissão do ex-presidente da Valec, o Juquinha”. Somente uma investigação sobre os contratos e quebra de sigilo bancário “poderá esclarecer o real envolvimento do senador tucano com o dono da Dismaf”, acrescenta o texto. Em sua página do microblog Twitter, Dias apenas postou, no final da manhã desta sexta-feira, uma mensagem cifrada:
“Não vou subestimar a inteligência das pessoas que confiam em mim respondendo a inimigos levianos, desonestos A ma fé tem como resposta a ação”. 

Fonte: Correio do Brasil

“José Dirceu não sairá da cadeia vivo”


Postado em: 21 dez 2012 às 15:48

Apesar de a pena em regime fechado que deverá cumprir ser de cerca de dois anos, esse tempo seria “mais do que suficiente” para ocorrer uma “briga” com algum detento na qual o ex-ministro perderia a vida

Eduardo Guimarães, em seu sítio
Pensei muito antes de escrever este texto porque as informações espantosas e explosivas que contém foram reportadas por uma fonte que não se identifica. Todavia, à luz de acontecimentos recentes, penso que é meu dever de cidadão dividir tais informações com a sociedade, sempre deixando claro que não me foi oferecida prova alguma do que foi dito.
Ao longo da semana, logo de manhã cedinho, indo de casa para o escritório, o celular toca enquanto dirijo. Reluto em atender por questão de segurança, mas como tenho uma certa paranoia em relação a ligações de números que o identificador de chamadas não registra, atendo.
josé dirceu ditadura militar assassinato
Em outra oportunidade, ex-policial e agente da CIA revelou que foi perseguido por não assassinar José Dirceu.
A pessoa, do outro lado, fica em silêncio. Após dizer “alô” uma meia dúzia de vezes, silencio. Ouço respiração do outro lado. Chego a supor que é só mais uma das ligações anônimas que vivo recebendo, mas estas sempre vêm com insultos e terminam rapidamente. Não tendo condições de ficar ouvindo respiração anônima enquanto dirijo, desligo.
Chego ao escritório, tomo o segundo desjejum do dia – composto de café preto e cigarro – e inicio a composição de um novo post, o que há anos vem sendo um ritual que pratico antes de começar o trabalho remunerado.
Enquanto me delicio com o prazer que o tabaco oferece quando consumido após uma xícara de café forte e puro, o celular volta a tocar. Mais uma vez, a tela de 2,5 polegadas do aparato informa que a ligação não foi identificada. Reluto em atender, mas a curiosidade é maior.
É uma voz masculina, rouca e abafada. Mais tarde, concluiria que a pessoa usou alguma coisa para abafar as próprias palavras de forma a dificultar a identificação. Talvez um pano. Mais tarde, pergunto-me por que a pessoa disfarçaria a própria voz se eu não a conhecesse…
Não farei suspense. Vamos direto aos fatos. O  sujeito antecipou o que de fato aconteceu: a dobradinha entre o procurador-geral da República e o presidente do Supremo Tribunal Federal para prenderem os réus do julgamento do mensalão sem que o resto daquela Corte pudesse deliberar sobre a proposta.
Até aí, nada demais. Havia especulações na imprensa sobre isso poder vir a ocorrer. Contudo, todos haverão de concordar que é muito estranha a pressa e as artimanhas usadas em dobradinha por Roberto Gurgel e Joaquim Barbosa de modo a colocar os réus na cadeia sem que os recursos deles sejam ao menos apreciados pelo pleno do STF.
Para que a pressa? Por que as manobras para evitar que uma decisão tão polêmica fosse referendada pelo resto da Corte?
O denunciante anônimo prossegue. Diz que Joaquim Barbosa vai tomar para si a execução penal dos réus e irá rejeitar pedidos da defesa de José Dirceu para ele ir para uma penitenciária melhor, sem superlotação e ao lado de condenados de menor periculosidade e de nível social mais alto – e, sim, existe isso, no Brasil.
Um detalhe: segundo o jornal O Estado de São Paulo, “As 74 penitenciárias do Estado de São Paulo estão com 170% de ocupação, segundo levantamento da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) atualizado no último dia 28.
A rede de penitenciárias tem capacidade para 59.739 presos, mas abriga 101.445 detentos. A Penitenciária Dr. Antonio Souza Neto (P-2), de Sorocaba, lidera o ranking da superlotação. Com capacidade para 500 detentos, a unidade está com 1.631 presos. Em segundo lugar, a penitenciária de Hortolândia, com a mesma capacidade, tem 1.587 detentos.
Outra unidade de Sorocaba, a Penitenciária Dr. Danilo Pinheiro (P-1), é a terceira no ranking com 648 detentos em 210 vagas. De todas as unidades penitenciárias estaduais, apenas três, inauguradas recentemente, têm número de presos abaixo da capacidade – as de Tremembé, Presidente Venceslau e Pirajuí (feminina) (…)”
Segundo o informante anônimo, Barbosa tomaria para si a execução penal dos condenados no julgamento do mensalão e argumentaria que seria uma “bofetada no rosto da sociedade” se a eles fosse concedido benefício de irem para prisões “Vips” devido à “gravidade” de seus crimes.
O anônimo encerra a ligação dizendo que se Dirceu entrar em uma dessas cadeias, não sairá de lá vivo. Apesar de a pena em regime fechado que deverá cumprir ser de cerca de dois anos, esse tempo seria “mais do que suficiente” para ocorrer uma “briga” com algum detento na qual o ex-ministro perderia a vida.
O sujeito desligou na minha cara logo após dizer que se Dirceu entrar em uma penitenciária das que se constituem em sucursal do inferno na Terra, não sairá vivo.
Um registro imprescindível: o anônimo não fez acusação formal a ninguém. Não disse quem estaria conspirando para matar Dirceu.
Reflito, porém, o seguinte: diante das notícias sobre essa evidente armação para encarcerar previamente os condenados sem lhes dar o benefício legal de recorrerem das penas, não poderia deixar de relatar esse episódio. E, além disso, por que uma ligação anônima se a pessoa quisesse me dar apenas a sua opinião sobre o que pode ocorrer?
Concluo, pois, lembrando que a responsabilidade pela integridade física de condenados pela Justiça, é do Estado. E que o caráter político do julgamento do mensalão vem sendo cantado por dezenas de juristas, professores de Direito Penal, advogados, jornalistas e intelectuais, o que aumenta a responsabilidade dos que querem encarcerar Dirceu sumariamente.

Estadão: José Dirceu pode ser assassinado na cadeia, diz líder Sem Terra

O líder sem-terra José Rainha Júnior disse nesta sexta-feira, 16, que o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, pode ser assassinado na prisão, caso venha a cumprir na cadeia parte da pena a que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Dentro do presídio quem manda é o crime e ele, por tudo o que representa, vai ser um alvo fácil.” Condenado a 10 anos e dez meses de prisão, além de multa de R$ 676 mil, por ter sido considerado o “chefe” do esquema conhecido como mensalão, o ex-ministro terá de cumprir pelo menos um ano e onze meses em regime fechado. Para o ministro do STF Joaquim Barbosa, relator do processo, o réu deve ir para uma prisão comum.
O líder sem-terra, que foi banido do Movimento dos Sem-Terra (MST) em 2007 e formou seu próprio grupo, o MST da Base, acredita que isso equivale a condenar o ex-ministro à pena de morte. “O Zé (Dirceu) é um lutador que sobreviveu à ditadura militar, mas no nosso sistema carcerário, ele vai virar um troféu. Conheço como funciona o sistema e vai ser muito difícil ele sair com vida.” José Rainha permaneceu nove meses na prisão, após ser preso, em junho do ano passado, durante a Operação Desfalque da Polícia Federal, que investigava o desvio de recursos da reforma agrária. Ele, que já havia sido preso anteriormente por crimes relacionados à invasão de fazendas, passou por celas de cadeias públicas e de penitenciárias estaduais.
Na última prisão, quando se achava recolhido na Penitenciária de Presidente Venceslau, sua família recebeu uma carta revelando um plano para assassiná-lo. Ele foi transferido para São Paulo e incluído na lista de lideranças rurais ameaçadas de morte elaborada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), ligada à Igreja Católica. “Lá dentro não há qualquer garantia de segurança, você se vê sendo morto a qualquer momento”, disse.
FONTE: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/12/jose-dirceu-nao-saira-da-cadeia-vivo.html

Nomes de artistas que colaboraram com a ditadura são revelados em documento


Postado em: 28 dez 2012 às 1:22

Documentos da ditadura revelam nomes de colaboradores do regime no meio artístico. São citados Roberto Carlos, Agnaldo Timóteo, entre outros

roberto carlos ditadura militar
A relação do hoje ‘rei’ Roberto Carlos com generais foi sempre amistosa
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
GABINETE DO MINISTRO
CIE/GB
ENCAMINHAMENTO 71/s-103.2.cie
FUNDO “DIVISÃO DE CENSURA DE DIVERSÕES PÚBLICAS”, ARQUIVO NACIONAL,
COORDENAÇÃO REGIONAL DO ARQUIVO NACIONAL NO DISTRITO FEDERAL, SÉRIE
“CORRESPONDÊNCIA OFICIAL”, SUBSÉRIE “INFORMAÇÕES SIGILOSAS”, CAIXA ÚNICA
Acervo Arquivo Nacional – COREG
Durante a ditadura militar no Brasil, alguns artistas viraram colaboradores do regime – seja por simpatizarem com os governos militares ou por pura covardia – passando informações sobre o que acontecia no meio artístico e participando de atos realizados nos quarteis.
No documento em anexo produzido pelo Centro de Informações do Exército (CIE), classificado como informe interno e confidencial, o CIE reclama que alguns veículos intitulados pelos militares de “imprensa marrom” (tal qual O Pasquim) estariam fazendo campanhas contra alguns artistas amigos e colaboradores da ditadura.
O informe difundido para outros órgãos da repressão política sugere que esses artistas “amigos da ditadura” sejam blindados, protegidos.
(Vídeo) Roberto Carlos mostra sua consideração ao ditador chileno Augusto Pinochet

No documento emitido pelo Centro de Informações do Exército são revelados alguns desses “colaboradores”,considerados pelos militares como amigos, aliados do regime. Segundo o documento, certos órgãos de imprensa estariam publicando matérias denegrindo a imagem de determinados artistas que se “uniram à revolução (sic) de 1964 no combate à subversão e outros que estiveram sempre dispostos a uma efetiva colaboração com o governo”.
São citados Wilson Simonal, Roberto Carlos, Agnaldo Timóteo, Clara Nunes, Wanderley Cardoso e Rosemary.


















Aluizio Palmar, Documentos Revelados. Edição: Pragmatismo Politico

Brasil atinge menor desigualdade social desde 1981


Postado em: 4 dez 2012 às 11:49

O estudo também aponta melhora em relação a 2001 na redução das carências de atraso educacional ( 39,3% para 31,2%), falta de acesso à seguridade social (36,4% para 21,3%), (má) qualidade dos domicílios (4,9% para 4%), acesso a serviços básicos (40,9% para 32,2%)

Com Coeficiente de Gini de 0,508, apontado pela Síntese dos Indicadores Sociais (SIS), divulgada na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil atingiu em 2011 sua menor desigualdade de renda em trinta anos – em 1981, o indicador era 0,583. O País, porém, continua um dos países mais desiguais do mundo, longe da média da União Europeia, cujo Gini – índice de zero a 1, que sobe com a disparidade de rendimentos- chegou a 0,305 em 2010 e no ano passado foi 0,290 na Alemanha, 0,308 na França e 0,244 na Suécia. A pesquisa apontou outros sinais de queda na distância entre os ricos e os pobres brasileiros, como a redução na renda dos 20% mais ricos, de 63,7% para 57,7% do total de 2001 a 2011. Mesmo assim, no ano passado os 40% mais pobres ganhavam apenas 11% da riqueza nacional, diz o estudo.
redução desigualdade pobreza brasil
Apesar da emblemática redução, Brasil ainda representa uma das nações com mais elevados índices de desigualdade, revelando que todos os esforços recentes para diminuir a pobreza ainda não foram o bastante para cicatrizar o abismo de disparidade histórica. (Grifo:Pragmatismo Político. Foto: Arquivo)
O avanço da renda no País de 2001 a 2011 se deu em um cenário em que, segundo a SIS, disparou a renda de “outras fontes” para famílias com rendimentos domiciliares per capita de até 1/4 de salário mínimo ao longo da década estudada. Foi uma expansão de 5,3% para 31,5% dos rendimentos de 2001 a 2011. Na faixa de 1/4 a meio salário mínimo, também houve aumento: de 3,1% para 11,5%. Para os pesquisadores do IBGE, como as famílias pesquisadas são extremamente pobres, a hipótese mais provável para explicar esse aumento é a expansão ocorrida no período dos programas de transferência de renda como o Bolsa Família, pago a famílias carentes com filhos em idade escolar, e o Benefício de Prestação Continuada, destinado aos extremamente pobres.
“Esta modificação ocorreu apesar do rendimento do trabalho haver crescido o período”, assinada a SIS. “Para o grupo de até 1/4 do salário mínimo de rendimento familiar per capita, o rendimento médio de todos os trabalhos passou de R$ 273 para R$ 285, no período de 2001 a 2011, enquanto para os que estão na faixa de 1/4 a 1/2 salário mínimo aumentou de R$ 461 para R$ 524 (…).” As cifras foram corrigidas pelo INPC, por isso são comparáveis. O avanço no Gini seria maior se comparado ao indicador de 1960 – 0,497, o menor da história brasileira-, mas esse resultou de números do Censo Demográfico daquele ano, o que impossibilita a comparação com a SIS, baseada na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), inexistente à época. No critério do Censo, o menor Gini do Brasil foi o de 2010 – 0,526.
A SIS constatou ainda que subiu de 2,6% para 3,5% a renda dos 20% brasileiros mais pobres na mesma década. Ao aumento de 0,9 ponto porcentual no rendimento dos mais desfavorecidos correspondeu uma queda de 6 pontos na riqueza apropriada pelos 20% mais ricos. No mesmo período, o grupo social mais privilegiado viu sua renda, equivalente a 24 vezes o que ganhavam os 20% mais pobres em 2001, cair para 16,5 vezes em 2011. Apesar da queda, esse indicador ainda deixou o Brasil distante de alguns países desenvolvidos da Europa, onde a relação é de quatro a seis vezes. E a redistribuição foi desigual: pretos e pardos ganharam mais que as mulheres, constatou a pesquisa.
“Avançou-se mais na redução da desigualdade de raça que na de gênero”, disse a pesquisadora Cristiane Soares, do IBGE. “Em 2001, as mulheres ganhavam 69% dos homens, e em 2011, 73,3%. Já os pretos e pardos passaram de 50,5% do rendimento dos brancos para 60% no mesmo período. Enquanto eles avançaram quase dez pontos, as mulheres cresceram apenas 4,4 pontos.”
O IBGE também avaliou a pobreza e a desigualdade com base em uma “perspectiva multidimensional”, com indicadores monetários e não monetários, adaptando metodologia do Consejo Nacional de Evaluación de la Política de Desarrollo Social – CONEVAL, do México. A SIS constatou que 22,4% da população brasileira estava em 2011 vulnerável segundo critérios sociais e/ou de renda, mas esse porcentual tem fortes variações regionais. Chega a 40% no Norte e 40,1% no Nordeste (53% no Maranhão, Estado recordista), mas não passa de 11,3% no Sul. Nesse polo positivo, a unidade da Federação com melhor posição em 2011 era São Paulo, com apenas 7,7% da população vulnerável.
O estudo também aponta melhora em relação a 2001 na redução das carências de atraso educacional ( 39,3% para 31,2%), falta de acesso à seguridade social (36,4% para 21,3%), (má) qualidade dos domicílios (4,9% para 4%), acesso a serviços básicos (40,9% para 32,2%). Também houve queda na proporção de domicílios com ao menos uma dessas carências (70,1% para 58,4%) no mesmo espaço de tempo pesquisado.
Agência Estado

William Bonner, Jornal Nacional, Noam Chomsky e as técnicas infalíveis de manipulação


Postado em: 18 jul 2012 às 16:08

Professor Laurindo Leal Filho testemunhou deboches de William Bonner a respeito dos telespectadores do Jornal Nacional, apelidados pelo atual âncora do telejornal de Homer Simpson; Noam Chomsky explica os métodos do JN

jornal nacional
Relatos revelam a nada complexa tarefa de manipular informação.
Não é de hoje que vários pensadores sérios estudam o mecanismo da manipulação da informação na mídia de mercado. Um deles, o linguista Noam Chomsky, relacionou dez estratégias sobre o tema.
Na verdade, Chomsky elaborou um verdadeiro tratado que deve ser analisado por todos (jornalistas ou não) os interessados no tema tão em voga nos dias de hoje em função da importância adquirida pelos meios de comunicação na batalha diária de “fazer cabeças”.
Vale a pena transcrever o quinto tópico elaborado e que remete tranquilamente a um telejornal brasileiro de grande audiência e em especial ao apresentador.
O tópico assinala que o apresentador deve “dirigir-se ao público como criaturas de pouca idade ou deficientes mentais. A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discursos, argumentos, personagens e entonação particularmente infantil, muitas vezes próxima da debilidade, como se o espectador fosse uma pessoa de pouca idade ou um deficiente mental. Quanto mais se tenta enganar o espectador, mais se tende a adotar um tom infantil”.
E prossegue Chomsky indagando o motivo da estratégia. Ele mesmo responde: “se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos ou menos, então, por razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos”.
Alguém pode estar imaginando que Chomsky se inspirou em William Bonner, o apresentador do Jornal Nacional que utiliza exatamente a mesma estratégia assinalada pelo linguista.
Mas não necessariamente, até porque em outros países existem figuras como Bonner, que são colocados na função para fazerem exatamente o que fazem, ajudando a aprofundar o esquema do pensamento único e da infantilização do telespectador.
De qualquer forma, o que diz Chomsky remete a artigo escrito há tempos pelo professor Laurindo Leal Filho depois de ter participado de uma visita, juntamente com outros professores universitários, a uma reunião de pauta do Jornal Nacional comandada por Bonner.
Laurindo informava então que na ocasião Bonner dissera que em pesquisa realizada pela TV Globo foi identificado o perfil do telespectador médio do Jornal Nacional. Constatou-se, segundo Bonner, que “ele tem muita dificuldade para entender notícias complexas e pouca familiaridade com siglas como o BNDES, por exemplo. Na redação o personagem foi apelidado de Homer Simpson, um simpático mas obtuso personagem dos Simpsons, uma das séries estadunidenses de maior sucesso na televisão do mundo
E prossegue o artigo observando que Homer Simpson “é pai de família, adora ficar no sofá, comendo rosquinhas e bebendo cerveja, é preguiçoso e tem o raciocínio lento
Para perplexidade dos professores que visitavam a redação de jornalismo da TV Globo, Bonner passou então a se referir da seguinte forma ao vetar esta ou aquela reportagem: “essa o Hommer não vai entender” e assim sucessivamente.
A tal reunião de pauta do Jornal Nacional aconteceu no final do ano de 2005. O comentário de Noam Chomsky é talvez mais recente. É possível que o linguista estadunidense não conheça o informe elaborado por Laurindo Leal Filho, até porque depois de sete anos caiu no esquecimento. Mas como se trata de um artigo histórico, que marcou época, é pertinente relembrá-lo.
De lá para cá o Jornal Nacional praticamente não mudou de estratégia e nem de editor-chefe. Continua manipulando a informação, como aconteceu recentemente em matéria sobre o desmatamento na Amazônia, elaborada exatamente para indispor a opinião pública contra os assentados.
Dizia a matéria que os assentamentos são responsáveis pelo desmatamento na região Amazônica, mas simplesmente omitiu o fato segundo o qual o desmatamento não é produzido pelos assentados e sim por grupos de madeireiros com atuação ilegal.
Bonner certamente orientou a matéria com o visível objetivo de levar o telespectador a se colocar contra a reforma agrária, já que, na concepção manipulada da TV Globo, os assentados violentam o meio ambiente.
Em suma: assim caminha o jornalismo da TV Globo. Quando questionado, a resposta dos editores é acusar os críticos de defenderem a censura. Um argumento que não se sustenta.
A propósito, o jornal O Globo está de marcação cerrada contra o governo de Rafael Correa, do Equador, acusando-o de restringir a liberdade de imprensa. A matéria mais recente, em tom crítico, citava como exemplo a não renovação da concessão de algumas emissoras de rádio que não teriam cumprido determinações do contrato.
As Organizações Globo e demais mídias filiadas à Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) raciocinam como se os canais de rádio e de televisão fossem propriedade particular e não concessões públicas com normas e procedimentos a serem respeitados.
Em outros termos: para o patronato associado à SIP quem manda são os proprietários, que podem fazer o que quiserem e bem entenderem sem obrigações contratuais.
No momento em que o Estado fiscaliza e cobra procedimentos, os proprietários de veículos eletrônicos de comunicação saem em campo para denunciar o que consideram restrição à liberdade de imprensa.
Os governos do Equador, Venezuela, Bolívia e Argentina estão no índex do baronato midiático exatamente porque cobram obrigações contratuais. Quando emissoras irregulares não têm as concessões renovadas, a chiadeira do patronato é ampla, geral e irrestrita.
Da mesma forma que O Globo no Rio de Janeiro, Clarin na Argentina, El Mercurio no Chile e outros editam matérias com o mesmo teor, como se fossem extraídas de uma mesma matriz midiática.
fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/07/jornal-nacional-manipula-informacoes.html

Façanha: Jornal Nacional transforma 1,7 milhão de empregos em má notícia


Postado em: 28 dez 2012 às 17:06

Manipulação rotineira: quem estivesse jantando nessa hora sem olhar para a TV não veria o gráfico e faria juízo sobre a informação apenas com o que estivesse ouvindo

Fernando Branquinho, Observatório da Imprensa [edição 726]
Na quarta-feira (19/12), no Jornal Nacional, o gráfico atrás da apresentadora Patrícia Poeta mostrava a criação de 1,77 milhão de empregos até agora, em 2012. Considerada a pindaíba econômica do mundo ocidental, qualquer cidadão de outro país olharia com inveja para cá. Mas na Globo não é assim: toda notícia que venha do governo tem que ser “negativada”.
Foi o que fizeram. Este foi o texto lido pela apresentadora:
“A criação de empregos com carteira assinada, este ano, foi 23% menor do que em 2011. É o pior resultado desde 2009. Mas, isoladamente, os números de novembro mostram um aumento de quase 8% no emprego formal.”
Quem estivesse jantando nessa hora sem olhar para a TV não veria o gráfico e faria juízo sobre a informação apenas com o que estivesse ouvindo. Desta vez mudaram a técnica: deram a notícia positiva de forma negativa, e no fim veio o “mas” positivando parcialmente os fatos. Isso é democracia, liberdade de expressão e tudo o mais que eles dizem quando se quer acabar com o oligopólio da mídia? O nome disso é partidarismo de mídia através de manipulação da notícia.
jornal nacional patrícia poeta
Jornal Nacional manipula notícia sobre criação de empregos. (Foto: reprodução)








Paranoia? Perseguição à Globo? Coisa de esquerdista, de petista, de lulista, brizolista? Agora veja a notícia por outro ângulo: “Brasil cria 1,77 milhão de empregos com carteira assinada em 2012”.


Os dados do Caged

De janeiro a novembro deste ano, foram abertos 1.771.576 postos de trabalho com carteira assinada no Brasil, o que representa uma expansão de 4,67% no nível de emprego comparado com o final de 2011, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na quarta-feira (19/12) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).Os dados de novembro, segundo o MTE, mostram continuidade à tendência de crescimento do emprego no Brasil, que registrou pela terceira vez em 2012 um saldo superior ao do ano anterior. Foram declaradas 1.624.306 admissões e 1.578.211 desligamentos no referido mês. Como resultado, o saldo do mês foi de 46.095 novos empregos com carteira assinada no Brasil, correspondentes ao crescimento de 0,12% em relação ao registrado no mês anterior.
Segundo o Caged, apresentaram desempenho positivo no mês o comércio, com 109.617 postos (1,27%), sendo o terceiro melhor saldo para o período; e serviços, com 41.538 postos (0,26%). Por outro lado, alguns setores apresentaram desempenhos negativos. A construção civil teve baixa de 41.567 postos (-1,34%), decorrente de atividades relacionadas à construção de edifícios (-15.577 postos) e construção de rodovias e ferrovias (-8.803 postos), associados a términos de contratos e a condições climáticas.

Complexo sucroalcooleiro puxa emprego para baixo

Na agricultura, houve retração de 32.733 postos (-1,98%), devido à presença de fatores sazonais negativos. A indústria de transformação teve perda de 26.110 postos (-0,31%), proveniente dos ajustes da demanda das festas do fim do ano, queda menor que a ocorrida em novembro de 2011 (-54.306 postos ou -0,65%).
O emprego cresceu em três das cinco grandes regiões, sendo a Sul, com 29.562 postos (0,41%); Sudeste, com 17.946 vagas (0,08%), e Nordeste, com 17.067 empregos (0,28%). As exceções ficaram por conta da região Centro-Oeste (-14.820 postos ou -0,50%), cuja redução deu-se ao desempenho negativo da agricultura (-9.130 postos); da construção civil (-6.393 postos) e da indústria de transformação (-5.929 postos); e da região Norte (- 3.660 postos ou -0,21%), onde a construção civil (-3.371 postos) e a indústria e transformação (-2.084 postos) foram os principais setores responsáveis pela queda no mês.
Por unidade da federação, dezesseis tiveram expansão do emprego. Os destaques foram Rio Grande do Sul (+15.759 postos ou 0,61%); Rio de Janeiro (+13.233 postos ou 0,36%); Santa Catarina: (+8.046 postos ou 0,42%); São Paulo (+7.203 postos ou 0,06%); Paraná (+5.757 postos ou 0,22%) e Bahia (+5.695 postos ou 0,34%). Os estados que demonstraram as maiores quedas no nível de emprego foram: Goiás (-8.649 postos ou -0,75%), devido, principalmente, às atividades relacionadas ao complexo sucroalcooleiro, e Mato Grosso (-5.910 postos ou -0,97%), por causa do desempenho negativo do setor agrícola (-4.798 postos).
fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/12/jornal-nacional-manipula-noticiario.html

Heloísa Helena abandona PSOL e desabafa: ‘me obrigaram a defender o aborto’


Postado em: 10 set 2012 às 14:20

Heloísa Helena afirmou que deverá ingressar no novo partido de Marina Silva, previsto para ser fundado em 2013. A ex presidenciável do PSOL não se despediu sem deixar recado: ‘todo partido tem malandros’

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Heloísa Helena deixa PSOL e dispara: “todo partido tem malandros”. Foto: divulgação
A fundadora do PSOL vai deixar o próprio partido no primeiro semestre de 2013. A ex-senadora Heloísa Helena só espera Marina Silva dar o sinal verde para a criação de uma legenda. ‘Pretendo generosamente ajudá-la’.
O seu partido cresceu tanto a ponto de Heloísa perder as rédeas, diante das correntes diversas nas hostes. ‘As centelhas que o PSOL criou foram grandes’, desabafa, e complementa com uma ironia sem medo de tiro no pé: ‘Todo partido tem malandros’, insinuando nisso a sua sigla.

De palavra

Heloísa lembra que o PSOL é totalmente diferente do que criou e justifica a iminente saída: ‘Não tenho relação mística com os partidos, perdi isso com o PT’.

Decisão

Heloísa perdeu a vontade com o PSOL desde quando saiu da Executiva Nacional. ‘Eles me obrigaram a defender o aborto, e vi que não era mais o partido que fundei’.
fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/09/heloisa-helena-abandona-psol-desabafa-me-obrigaram-defender-aborto.html