terça-feira, 31 de maio de 2016

MINISTROS DE TEMER ADMINISTRAM CONTRATOS DE SEUS DOADORES DE CAMPANHA

Os ministros Maurício Quintella Lessa (Transportes), Raul Jungmann (Defesa), Mendonça Filho (Educação), Helder Barbalho, (Integração Nacional) e Bruno Araújo (Cidades) serão responsáveis, no governo interino de Michel Temer, por contratos de empresas que doaram para suas campanhas eleitorais; só nos Transportes, a OAS e as empreiteiras Barbosa Mello e Sanches Tripoloni despejaram R$ 600 mil na campanha de Quintella; em 2016, as três empresas já receberam R$ 145,14 milhões em contratos com a Valec e o Dnit
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31 DE MAIO DE 2016 ÀS 16:50
247 - Os ministros do governo interino de Michel Temer Maurício Quintella Lessa (Transportes), Raul Jungmann (Defesa), Mendonça Filho (Educação), Helder Barbalho, (Integração Nacional) e Bruno Araújo (Cidades) serão responsáveis por contratos de empresas que doaram para suas campanhas eleitorais.
Reportagem de Victor Gomes e André Shalders a partir de dados do Portal da Transparência e do Sistema de Prestação de Contas Eleitorais de 2014 mostra que no Ministério dos Transportes, a OAS e as empreiteiras Barbosa Mello e Sanches Tripoloni despejaram R$ 600 mil na campanha ao então candidato a deputado federal Maurício Quintella Lessa (PR-AL). Em 2016, as 3 empresas já receberam R$ 145,14 milhões em contratos com a Valec e o Dnit, subordinados aos Transportes.
O atual titular da Integração Nacional, Helder Barbalho, recebeu R$ 530 mil da Queiroz Galvão em 2014. Naquele ano, ele concorreu ao cargo de governador do Pará. Hoje, Helder comanda o ministério responsável pela transposição do rio São Francisco, um dos principais projetos da construtora.
Na Defesa, Raul Jungmann (PPS-PE) recebeu ao todo R$ 384 mil da construtora Odebrecht. Em 2016, a Odebrecht já recebeu R$ 278 milhões para tocar o programa de desenvolvimento do submarino nuclear brasileiro. A pasta também possui contratos menores com outras 8 subsidiárias da empreiteira.
Já no Ministério das Cidades, o ministro Bruno Araújo (PSDB-PE) recebeu R$ 710 mil de quatro empreiteiras para sua campanha à Câmara em 2014. São elas: Odebrecht (R$ 130 mil), Queiroz Galvão (R$ 80 mil), Ética Construtora (R$ 300 mil) e Sanches Tripoloni (R$ 200 mil).
Enquanto na Educação, o titular da pastas, Mendonça Filho (DEM-PE), recebeu R$ 100 mil do frigorífico JBS para sua campanha à Câmara. Só neste ano, a empresa ganhou R$ 123 mil em um contrato com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), ligada ao MEC.
fonte: http://www.brasil247.com/pt/247/poder/235414/Ministros-de-Temer-administram-contratos-de-seus-doadores-de-campanha.htm

segunda-feira, 30 de maio de 2016

7 livros indispensáveis de Eric Hobsbawm

Eric John Ernest Hobsbawm foi um historiador marxista britânico reconhecido como um importante nome da intelectualidade do século XX. Ao longo de toda a sua vida, Hobsbawm foi membro do Partido Comunista Britânico.
Um de seus interesses foi o desenvolvimento das tradições. Seu trabalho é um estudo da construção dessas tradições no contexto do Estado-nação. Argumentou que muitas vezes as tradições são inventadas por elites nacionais para justificar a existência e importância de suas respectivas nações.

1- Era das Revoluções

Capa do livro Era das Revoluções
O livro A Era das Revoluções [1789-1848] mostra como a Revolução Francesa e a Revolução Industrial inglesa abriram o caminho para a renascença das ciências, da filosofia, da religião e das artes, mas não conseguiram resolver os impasses criados pelas fortes contradições sociais, que transformaram este período numa conturbada fase de movimentos revolucionários. O livro foi lançado em 2009 (o original é de 1962) e conta com 600 páginas.

2- Era do Capital

Capa do livro A Era do Capital
O livro A Era do Capital [1848-1875] discorre sobre o período entre a “Primavera dos Povos”, em 1848, e a “Grande Depressão”, que teve início nos anos de 1870. É a história do triunfo global do capitalismo e de uma sociedade que acreditava encontrar o sucesso na livre iniciativa privada e na criação de um mundo de distribuição plena do material, da moral e do conhecimento. O livro foi lançado em 2009 (o original é de 1962) e conta com 540 páginas.

3- Bandidos

Capa do livro Bandidos
O livro Bandidos explora as perspectivas políticas do banditismo e sua história no contexto do poder e do controle por parte dos governos e do Estado. O bandido social – Pancho Villa, Lampião, Robin Hood, entre outros – é explicado como um rebelde potencial: o elemento social que, estando fora do alcance do poder e sendo ele mesmo detentor de poder, resiste a obedecer. O livro foi lançado em 2010 (o original é de 1976) e conta com 254 páginas.

4- Era dos Impérios

Capa do livro A Era dos Impérios
O livro A Era dos Imperios [1875-1914] faz uma análise dos anos que definiram o mundo no século XX, quando um longo período de paz, expansão capitalista e dominação europeia desembocou em guerra e crise. Integra a cultura, a política e a vida social das décadas que antecederam à Primeira Guerra Mundial, construindo uma interpretação estimulante e inovadora. O livro foi lançado em (o original é 1987) e conta com 608 páginas.

5- Era dos Extremos

Livro Era dos Extremos
O livro Era dos Extremos é um testemunho sobre o século XX. Seu tempo de vida coincide com a maior parte da época de que trata o livro, diz o autor na abertura, por isso durante muito tempo se absteve de falar sobre ele. O livro foi lançado em 1996 e conta com 598 páginas.

6- Os Trabalhadores

Capa do livro Os Trabalhadores
O livro Os Trabalhadores contém diversos ensaios sobre questões e episódios de um campo no qual o autor é reconhecidos como uma das autoridades científicas: a história do movimento operário. São estudos que tratam das condições de trabalho na época da rainha Victoria, no século XIX, e os reflexos nos movimentos operários do século XX. O livro foi lançado em 2010 (o original é de 2000) e conta com 446 páginas.

7- Da Revolução Industrial ao Imperialismo

Capa do livro Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo
O livro Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo mostra como a Revolução Industrial encerrou de modo definitivo o lento processo de mudança do feudalismo medieval para o capitalismo moderno. A substituição das ferramentas pelas máquinas, e, por conseguinte, da força humana pela força motriz, configurou um impacto desnorteador sobre os pilares da sociedade inglesa. O livro foi lançado em 2011 e conta com 349 páginas.

BÔNUS: Box das Eras-Revoluções+Capital+Impérios [1789-1914]

Os três livros estão sendo vendidos em um kit quase completo (não inclui Era dos Extremos) e, geralmente, com desconto. Para quem quer completar a coleção, sem gastar muito, é uma boa pedida!
Capa do box das Eras
fonte: http://www.historiadigital.org/livros/7-livros-indispensaveis-de-eric-hobsbawm/

Governo Alckmin faz pagamentos mensais a blogueiro antipetista

O advogado Fernando Gouveia recebeu 70 mil reais por mês entre outubro de 2014 e março deste ano
Fernando Gouveia

O governo do estado de São Paulo, de Geraldo Alckmin (PSDB), tem entre seus subcontratados um blogueiro conhecido na internet por compartilhar propaganda antipetista a milhares de simpatizantes. De acordo com o jornal "Folha de S.Paulo", o advogado Fernando Gouveia recebeu 70 mil reais por mês entre outubro de 2014 e março deste ano.
Gouveia é mais conhecido na internet como “Gravataí Merengue”, o “CEO” do site Implicante, com quase 500 mil admiradores no Facebook. O dinheiro era pago mensalmente pela Subsecretaria de Comunicação do governo estadual à Apeendix Consultoria, empresa criada por Gouveia em janeiro de 2013.
Questionado pelo jornal, o governo responsabilizou uma das três empresas terceirizadas pelo estado para cuidar da propaganda institucional. Trata-se da agência de publicidade Propeg, subcontratada pela pasta da Comunicação, subordinada à Casa Civil do Estado.
Documentos indicam que a Appendix prestou serviço de revisão, desenvolvimento e atualização das estruturas digitais da Secretaria de Estado da Cultura.
De acordo com o jornal, Gouveia é militante político há bastante tempo. Trabalhou na comunicação da ex-prefeita Marta Suplicy (2001-2004) antes de se mudar para o gabinete da ex-vereadora Soninha Francine (PPS) quando esta rompeu com o PT.
Na internet, criou o blog Imprensa Marrom em 2006, site que lhe custou uma condenação judicial por comentários ofensivos a uma empresa. Ele recorreu.
Outro lado
Em resposta no Facebook, Gouveia afirma ser “sócio de uma empresa que, entre outros clientes, é contratada pela Agência Propeg, por sua vez prestadora de serviços para o Governo do Estado. Essa contratação se deu porque a Appendix (APPX) ofereceu o MENOR PREÇO (informação omitida na matéria) e dispõe, para esse contrato, de 3 empregados regularmente contratados via CLT.”
Ele diz ainda que sua empresa atua em comunicação online do setor público, “exatamente a área em que sou formado profissionalmente e cuja formação se iniciou há quase quinze anos”.
fonte: http://www.cartacapital.com.br/blogs/midiatico/governo-alckmin-faz-pagamentos-mensais-a-blogueiro-antipetista-4970.html

TEMER, QUE DEMITIU JUCÁ, DECIDE MANTER FABIANO

Embora Romero Jucá e Fabiano da Silveira tenham sido citados em áudios de Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro, atuando contra a Lava Jato, o presidente interino Michel Temer avaliou que, no caso do ministro da Transparência, "até agora", não há "nada que determine a saída dele" nos diálogos; protesto de servidores da extinta Controladoria Geral da União (CGU) nesta manhã impediu a entrada de Fabiano no prédio; com a decisão, Temer decide não ouvir o "conselho" do Grupo Globo, que exigiu a demissão do ministro em editorial 
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Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil
O ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira, permanecerá no cargo, apesar da divulgação de gravações de conversas em que ele faz críticas à Operação Lava Jato e dá orientações para a defesa de investigados pelo desvio de recursos da Petrobras. A informação foi confirmada por assessores do Palácio do Planalto.
De acordo com a assessoria, o caso foi uma das pautas da reunião de hoje (30) entre o presidente interino Michel Temer e o chefe da Casa Civil, ministro Eliseu Padilha. Feitas por pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado em fevereiro, durante encontro na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), as gravações foram reveladas ontem (29) no programa Fantástico, da TV Globo.
Funcionário de carreira do Senado, Silveira participou da reunião entre Machado e Renan quando ainda era integrante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cargo para o qual teria sido indicado pelo senador. A conversa ocorreu antes de Silveira assumir o comando da pasta criada pelo presidente interino Michel Temer para substituir a extinta Controladoria-Geral da União (CGU), órgão que era responsável pela investigação e combate à corrupção no governo.
Por meio de nota, Silveira negou que tenha feito qualquer intervenção a favor de terceiros. Ele confirmou ter comparecido "de passagem" à residência do presidente do Senado, sem saber da presença de Sérgio Machado, com quem não tem nenhuma relação pessoal ou profissional.
fonte: http://www.brasil247.com/pt/247/poder/235146/Temer-que-demitiu-Juc%C3%A1-decide-manter-Fabiano.htm

Filho de Michel Temer é dono de imóveis que somam R$ 2 milhões


Michelzinho, de apenas 7 anos, é proprietário de pelos menos dois conjuntos comerciais em Itaim-Bibi, na zona sul da capital paulista. Assessoria de Temer informou que trata-se de doação, uma espécie de antecipação da herança
Michelzinho, filho de sete anos do presidente interino Michel Temer e de sua esposa, Marcela Temer, é proprietário de pelo menos dois imóveis cujos valores somados ultrapassam os R$ 2 milhões. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, o valor é referente a dois conjuntos comerciais em São Paulo, em Itaim-Bibi, na zona sul da capital, onde fica o escritório político do peemedebista.
Os conjuntos comerciais estão localizados no edifício Lugano, cada um com 196 m². De acordo com a Prefeitura de São Paulo, o valor venal dos imóveis (a partir do qual incidem impostos, como o IPTU) é de R$ 1.024.802. O valor venal costuma a ser menor do que o de mercado, sendo este de 20% a 40% mais alto, no geral.
No entanto, na declaração de bens apresentada por Temer à Justiça Eleitoral, cada conjunto é avaliado em R$ 190 mil. O fenômeno é comum nas declarações de políticos, que normalmente apresentam os bens de acordo com o valor de compra, sem atualização.
Segundo a assessoria do presidente, a transferência foi feita como doação, uma antecipação da herança – prática que já beneficiou também as outras três filhas de Temer em outros momentos. Os imóveis doados para Luciana, Maristela e Clarissa não foram especificados, nem as datas das transferências. Segundo a Prefeitura de São Paulo, elas são donas de imóveis residenciais na zona oeste da capital.
As declarações de Temer à Justiça Eleitoral em 2014 apresentam outro imóvel subavaliado: a residência do presidente interino em São Paulo. Localizada no bairro Alto Pinheiros, casa de 415 m², comprada em 1998 por R$ 722.977,41, possui o valor venal é de R$ 2.875,109.
fonte; http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/filho-de-michel-temer-e-dono-de-imoveis-que-somam-r-2-milhoes/

O salvo-conduto da mídia



Por Leonardo Rodrigues em 24/05/2016 na edição 904
A Operação Lava-Jato, considerada a maior investigação sobre corrupção da história brasileira, afeta empresários, políticos, mas também a imprensa. Pelo menos neste momento. É certo que a dinâmica do trabalho dos procuradores da República e da Polícia Federal quase não permite pontuar algo, já que constantemente há novidades e deflagrações na operação.
Contudo, abre-se uma janela para algo que se pode considerar como um tipo de salvo-conduto da imprensa. Não é raro a mídia brasileira ser julgada e condenada como golpista e complacente, às vezes vista como cúmplice de personagens políticos de caráter duvidoso. Porém, o jornalismo brasileiro de hoje, que atua já há um tempo fazendo a cobertura da política polarizada do país, colhe frutos de ambos os lados. Até quem inconscientemente ataca, demonstra em postura certo reconhecimento. Explico melhor.
Neste final de maio, o início dos trabalhos do novo governo foi abalado com a publicação na imprensa de um vazamento de áudio de Romero Jucá, que sugere um “pacto” para estancar a sangria que advém da Lava-Jato. O diálogo do escolhido por Temer como Ministro do Planejamento é com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Com mais de uma hora de gravação, a conversa é registro de março do ano passado deste ano e está em posse da PGR (Procuradoria Geral da República).
Daí, o que se percebe como repercussão não apenas destaca o trabalho do quarto poder como se registra um reconhecimento. Nas redes sociais, salas de universidades, ou nas ruas, o que se viu foi a manifestação daqueles que outrora questionaram o grampo vazado entre Lula e Dilma, mas que agora veem também em áudios vazados a oportunidade de atacar opositores políticos.
“Pau que bate em Chico…”
Os que bradaram nominando a mídia como parcial e golpista compartilham matérias, reportagens e artigos trazidos a público pela própria mídia. A ironia vai além ao fazerem manifestações – em blogs ou redes sociais, contra a imprensa, que teria sido cúmplice de um golpe – que se sustentam e se alimentam com o trabalho realizado pela própria imprensa. O jornalismo brasileiro, diverso e plural e que carrega, sim, muitos conflitos, sofre por vezes críticas de que é omisso e encobre muita coisa. Todavia, em muitos casos, essas críticas vêm acompanhadas de uma reportagem em anexo, ou link sugerido para outro texto.
A Operação Lava-Jato, que tem cerca de 500 investigados, entre empresários, políticos, e empreiteiras, traz a oportunidade à imprensa brasileira de demonstrar que, independentemente de cor, legenda ou instância, será manchete todo aquele considerado como alguém que lesou os cofres públicos e/ou a pátria.
Com isso o mundo se torna cor de rosa? O fim será que todos serão felizes para sempre? Não. Mas hoje a imprensa tem a chance de demonstrar o que sabiamente ensina o dito popular – “pau que bate em Chico, bate em Francisco”. É algo que vale a pena observar.
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Leonardo Rodrigues é jornalista e chargista
fonte: http://observatoriodaimprensa.com.br/corrupcao/o-salvo-conduto-da-midia/

Governo Temer suspende todas as novas contratações do Minha Casa Minha Vida

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PUBLICADO EM 20/05/2016 ÀS 10:39 POR  EM NOTÍCIAS
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Estadão Conteúdo – O governo do presidente em exercício, Michel Temer, abandonou a meta traçada pela presidente afastada Dilma Rousseff de contratar 2 milhões de moradias do Minha Casa Minha Vida até o fim de 2018, disse o ministro das Cidades, Bruno Araújo. Ao jornal O Estado de S. Paulo, ele afirmou que toda a terceira etapa do programa – e não apenas a modalidade Entidades – está suspensa e passará por um processo de “aprimoramento”.

Araújo estimou em 40 dias o tempo necessário para fazer um raio X da principal vitrine de seu ministério. Segundo o ministro, a nova meta para o Minha Casa vai depender da análise das contas públicas a cargo da equipe econômica de Temer, chefiada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. “É preferível que identifiquemos os reais limites do programa e que os números anunciados sejam o limite de contratação”, afirmou. Segundo ele, “metas realistas” não geram expectativas falsas tanto nos empresários – que precisam fazer o planejamento pelo tamanho do programa – como para os beneficiários.
Dilma Rousseff anunciou o MCMV 3, pela primeira vez, em julho de 2014, na véspera do início da campanha eleitoral, na comunidade do Paranoá, em Brasília. Naquele dia, prometeu construir 3 milhões de moradias até o fim de 2018, número que foi repetido na campanha e no início do segundo mandato. Posteriormente, recuou para 2 milhões de unidades, com investimentos de cerca de R$ 210,6 bilhões, sendo R$ 41,2 bilhões do Orçamento-Geral da União.
Charge Minha Casa Minha Vida
A terceira etapa do programa, porém, não engatilhou, e o ministro diz que todas as condições serão reavaliadas, até mesmo a grande novidade – a criação da faixa intermediária, batizada de faixa 1,5 – que nunca saiu do papel. Ela beneficiaria famílias que ganham até R$ 2.350 por mês, com subsídios de até R$ 45 mil para a compra de imóveis, cujo valor pode chegar a R$ 135 mil, de acordo com a localidade e a renda. Além do “desconto”, os juros do financiamento, de 5% ao ano, também seriam subsidiados com recursos do FGTS.
O ministro disse que vai propor a Temer fazer uma cerimônia simbólica para inaugurar, simultaneamente, as moradias do programa que estão prontas, mas que aguardavam a agenda de ministros para eventos de inauguração. De acordo com a Caixa, 46,2 mil moradias da faixa 1 do programa (que atende famílias que ganham até R$ 1,8 mil) estão com as obras concluídas, em fase de legalização para serem entregues aos beneficiários.
Dessas, 15,5 mil estão localizadas em cidades do interior, com menos de 50 mil habitantes. Ainda segundo o banco, desde que foi criado, o programa já contratou 1,73 milhão de moradias na faixa 1, das quais 967 mil foram entregues. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
fonte: http://blogs.ne10.uol.com.br/jamildo/2016/05/20/governo-temer-suspende-todas-as-novas-contratacoes-do-minha-casa-minha-vida/?cmpid=tw-uolnot

Este é o novo padrão de placas para veículos que será usado no Brasil. Veja o que muda:

Contran quer todos os veículos com placa do Mercosul até 2020

Novo padrão começará a ser utilizado para veículos novos em 2017. Em seguida será a vez da frota atual

Novo padrão de placa de identificação para veículos. Na esquerda está a placa para automóveis, caminhões e ônibus. Na direita, para motocicletas.
Divulgação/Contran
Novo padrão de placa de identificação para veículos. Na esquerda está a placa para automóveis, caminhões e ônibus. Na direita, para motocicletas.
É oficial. O Brasil passará a adotar o novo padrão de placa de identificação para veículos a partir de 1º de janeiro de 2017. A resolução nº 590 do Contran foi publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira (28) e determina que todos os veículos novos venham com a nova placa a partir do início de 2017 e, até 31 de dezembro de 2020, toda a frota nacional deverão possuir a identificação no padrão Mercosul.
A mudança tem dois objetivos: facilitar a identificação da origem dos carros dentro do Mercosul e aumentar o número de combinações possíveis. A primeira a adotar o padrão foi a Argentina. O país estava a beira de um colapso, pois as combinações possíveis para as placas estão quase esgotadas – em 2014, tinham menos de 2 milhões de combinações.
A identificação será feita com duas letras, três números e mais duas letras. Esse formato permite mais de 450 milhões de combinações. Para motocicletas, o sistema é o mesmo, mudando apenas a ordem para uma letra, três números, três letras. Além disso, na parte superior da placa, há uma barra azul com o nome do país e sua bandeira, enquanto a identificação de cidade e estado ficará na lateral direita, inclusive com o brasão do estado.
Novo padrão de placas para motos para todo o Mercosul.
Divulgação
Novo padrão de placas para motos para todo o Mercosul.
Por aqui, teremos também uma tira holográfica do lado esquerdo e um código bidimensional com o nome do fabricante, data de fabricação do veículo e número serial da placa. O formato permite até 450 milhões de combinações, número muito superior a atual frota de 120 milhões de veículos nos cinco países do Mercosul.
Pelo cronograma do Contran, a mudança começa em janeiro de 2017, com veículos zero quilômetros a serem registrados, em processo de transferência (de município ou propriedade) ou quando for necessário substituir a placa. Em algum momento não determinado, os demais veículso terão que realizar a troca para que, até 31 de dezembro de 2020, toda a frota já esteja alinhada no novo padrão.
fonte: http://carros.ig.com.br/2016-05-28/contran-quer-todos-os-veiculos-com-placa-do-mercosul-ate-2020.html

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Gilmar envia novo pedido de inquérito sobre Aécio para reanálise da PGR

Ministro do STF remeteu informações prestadas pelo tucano para Janot.


PGR quer apurar se senador tentou esconder mensalão mineiro em CPI.


Mariana OliveiraDa TV Globo, em Brasília
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou nesta quarta-feira (25) o segundo pedido de abertura de inquérito feito para investigar o senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional do partido, para reanálise do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Janot havia encaminhado a solicitação de instauração de investigação, com base na delação premiada do senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS), para apurar se houve atuação de Aécio na tentativa de esconder o mensalão mineiro na CPI dos Correios.
Após analisar o pedido de abertura de inquérito, o ministro Gilmar Mendes remeteu informações prestadas por Aécio Neves para que Janot reavalie o pedido de investigação.

No último dia 12, o ministro já havia enviado outro pedido de inquérito, sobre participação de Aécio em suposto esquema de corrupção em Furnas, para reavaliação da Procuradoria Geral da República. Mendes chegou a abrir inquérito no caso Furnas, mas, diante de informações prestadas por Aécio, suspendeu a coleta de provas autorizada e pediu uma reavaliação.

O segundo pedido feito por Janot, que agora será reanalisado, também tem como alvos o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB). Os três são suspeitos, segundo a PGR, de tentar esconder dados sobre o mensalão mineiro durante a CPI dos Correios, em 2005, que investigou o mensalão do PT.

O que disse Delcídio

No termo de colaboração 18 de Delcídio do Amaral, ele indica irregularidades para maquiar dados do Banco Rural em relação ao mensalão mineiro durante a CPI dos Correios, em 2005, que investigou o mensalão do PT. Delcídio do Amaral era presidente da CPI.
Segundo a delação de Delcídio, quando surgiram pedidos de quebra de sigilo contra o Banco Rural integrantes do PSDB ficaram incomodados. Que o então governador de Minas, Aécio Neves, enviou pedido pelo então secretário-geral do PSDB, Eduardo Paes, para prorrogar prazos de entrega das quebras.
O senador cassado falou que, além de Aécio e Paes, o deputado Carlos Sampaio também sabia da maquiagem dos dados. Segundo ele, o relatório final da CPI dos Correios "foi feito com base nestes dados maquiados".
Defesa de Aécio

Em pedido já enviado ao STF para arquivar a investigação, a defesa nega tentativa de Aécio de influenciar as investigações da CPI. Argumenta, por exemplo, que um pedido para prolongar o prazo de entrega de dados pelo Banco Rural “jamais” foi protocolado.
Além disso, nega que reunião entre Delcídio e Aécio em junho de 2006 tenha tratado do assunto, já que a CPI não mais existia nessa época.
“O então presidente da CPMI [Delcídio] não foi fidedigno aos fatos ao contar sua história, o que faz cair por terra suas imputações aleatórias”, diz o pedido de arquivamento.
fonte:http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/05/gilmar-envia-novo-pedido-de-inquerito-sobre-aecio-para-reanalise-da-pgr.html

Por que ianomâmis fizeram ritual por saída de Jucá


Quando o senador Romero Jucá (PMDB-RR) foi nomeado ministro do Planejamento do governo interino de Michel Temer, xamãs e lideranças do povo ianomâmi recorreram a "espíritos da natureza para pressionar a alma" do político e tentar fazê-lo desistir do posto, conta à BBC Brasil o jovem líder Dário Kopenawa Yanomami.
Coordenador da associação Hutukara, sediada em Boa Vista, Roraima, Yanomami diz que o grupo temia o avanço de propostas do ministro - para ele, "o maior inimigo dos povos indígenas do Brasil".

"Deu certo", ele comemora, citando o afastamento do político nesta segunda, após vir à tona uma gravação em que propunha um pacto para derrubar a presidente Dilma Rousseff e frear a Operação Lava Jato.
A relação problemática de Jucá - presidente nacional do PMDB - com os ianomâmis foi citada no relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), em 2015.
Foto de arquivo de índios ianomâmisImage copyrightMARCOS WESLEY/ISA
Image captionIanomâmi considera Jucá o "maior inimigo dos povos indígenas do Brasil"
Em capítulo sobre violações de direitos humanos de povos indígenas, o relatório diz que a gestão do político como presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), entre 1986 e 1988, resultou no "caso mais flagrante de apoio do poder público à invasão garimpeira".
A entrada dos garimpeiros no território de Roraima ganhou impulso em 1986, quando o governo federal ampliou uma pista de pouso na área, na fronteira do Brasil com a Venezuela.
A obra facilitou o ingresso dos invasores, que no fim da década chegavam a 40 mil e construíram mais de uma centena de outras pistas.
Segundo o relatório da CNV, alertado repetidas vezes sobre a invasão, Jucá não só deixou de agir para combatê-la como a estimulou.
"Comunidades inteiras desapareceram em decorrência das epidemias, dos conflitos com garimpeiros, ou assoladas pela fome. Os garimpeiros aliciaram indígenas, que largaram seus modos de vida e passaram a viver nos garimpos. A prostituição e o sequestro de crianças agravaram a situação de desagregação social", afirma o documento.
Pista de pouso para aviões do garimpo denominado Chimarrão, na região do Alto Rio Mucajaí, Roraima, em 1990.Image copyrightCHARLES VINCENT/ISA
Image captionPista para aviões facilitou a chegada de milhares de garimpeiros à região
Estima-se que até um quarto dos ianomâmis tenham morrido por efeitos diretos ou indiretos do garimpo, que ampliaram a cobrança internacional para que os invasores fossem expulsos e o território, demarcado.
Diante da pressão, segundo o relatório da CNV, Jucá expulsou ONGs e missões religiosas estrangeiras que prestavam o atendimento à saúde dos indígenas, alegando que os grupos estavam insuflando as comunidades contra os garimpeiros e que os estrangeiros ameaçavam a soberania nacional. Também foram expulsos missionários brasileiros que atendiam os índios.
Em 17 de abril passado, operação desbaratou garimpo ilegal em território dos ianomâmi na floresta Amazônica em Roraima REUTERS/Bruno Kelly SEARCH Image copyrightREUTERS
Image captionEm 17 de abril passado, operação desbaratou garimpo ilegal em território dos ianomâmi na floresta Amazônica em Roraima
Sem qualquer cuidado médico nas aldeias por um ano e meio, os casos de malária entre os ianomâmis cresceram 500%, diz a CNV.
"Além da omissão por não tirar os garimpeiros, Jucá agiu para tirar pessoas que davam remédio e faziam atendimento de saúde no meio do momento mais dramático da história dos Yanomami", diz à BBC Brasil Rogério Duarte do Pateo, professor de antropologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e autor do trecho do relatório da CNV sobre o grupo.
Garimpeiro espalhando a terra com um jato d'água, no garimpo junto à pista do Jeremias, Alto Mucajaí, Terra Indígena Yanomami, Roraima, em 1990.Image copyrightCHARLES VINCENT/ISA
Image captionEfeitos do garimpo devastaram população indígena em Roraima
A expulsão das equipes de saúde foi denunciada à Comissão de Direitos Humanos do Conselho Econômico e Social da ONU, que cobrou explicações do Brasil. Profissionais de saúde só retornaram ao local quando uma comissão liderada pelo senador Severo Gomes furou o bloqueio ao território e verificou a grave situação sanitária do povo.
O governo federal demarcou a terra ianomâmi em 1992.

Índios 'aculturados'

Um levantamento do Instituto Socioambiental (ISA) lista outras ações polêmicas de Jucá na Funai, como autorizações suas à exploração de madeira em terras indígenas e uma portaria que restringia direitos de índios falantes de português, considerados "aculturados".
Em 1996, em seu primeiro mandato como senador por Roraima, Jucá apresentou um projeto de lei para regulamentar a exploração mineral em terras indígenas. Após idas e vindas, a Câmara dos Deputados criou, em junho de 2015, uma comissão para analisar a proposta.
Vista aérea de balsas de garimpo no Rio Uraricoera, Terra Indígena Yanomami.Image copyrightMARCOS WESLEY/ISA
Image captionMesmo após demarcação, exploração continuou (à esq., balsas no Rio Uraricoera)
Em agosto, a revista Época revelou que a mineradora Boa Vista, que tem como sócia majoritária Marina Jucá, filha do senador, havia pedido ao Departamento Nacional de Produção Mineral autorização para explorar ouro em nove minas com trechos em terras indígenas.
Segundo a revista, Jucá negou qualquer relação com a empresa da filha. O senador não respondeu às perguntas da BBC Brasil sobre sua atuação na Funai e o relatório da CNV.

Ameaças de morte

Dário Kopenawa Yanomami diz à BBC Brasil que perdeu avós e parentes na invasão dos garimpeiros nos anos 1980. Ele afirma ainda que a atividade provocou danos ambientais irreversíveis.
"Teve um impacto muito grande no subsolo dos Yanomami: estragou rios, igarapés, deixou muita sujeira dentro da terra."
Balsa de garimpo em área indígena em RoraimaImage copyrightMARCOS WESLEY/ISA
Image captionPor causa da ação contínua do garimpo, muitos índios foram contaminados por mercúrio
E apesar de sucessivas operações para a expulsão dos invasores, o garimpo jamais foi erradicado no local. O pai de Yanomami, o xamã Davi Kopenawa, diz ser alvo de ameaças de morte frequentes por se opor à atividade.
Uma pesquisa recente da Fiocruz em parceria com o ISA revelou que, em algumas aldeias ianomâmis, o índice de pessoas contaminadas por mercúrio proveniente do garimpo chega a 92%.
Em julho de 2015, uma operação da Polícia Federal denunciou 600 garimpeiros, 30 empresas, 26 comerciantes de Boa Vista e cinco servidores públicos por envolvimento num esquema ilegal de exploração de ouro dentro da terra ianomâmi.
Segundo a polícia, o garimpo dentro do território movimentou R$ 1 bilhão entre 2013 e 2014.
fonte: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-36375984?ocid=socialflow_twitter