terça-feira, 28 de maio de 2013

Que vexame a editora Abril submeteu seus funcionários, hein?





Agora que o defunto esfriou, vamos comentar. Que vexame a editora Abril submeteu seus funcionários, hein. Obrigar todos a ficar em pé, voltados para o prédio, numa clara demonstração de subserviência explícita. Sim, aquilo foi uma manifestação fajuta de respeito mas de fato é subserviência. Primeiro porque isso não é tradição nossa. Isso é coisa de país oriental. Lembram das cenas inusitadas dos norte-coreanos aos prantos chorando a morte do líder Kim Jong II ? Segundo porque não vi nas imagens ícones como Reinaldo Azevedo. Ou seja, esteve lá apenas a peãozada chão de fábrica. Coitados. Tudo pelo emprego.

by Gerson Carneiro

fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10200489081763750&set=pcb.10200489110244462&type=1&theater



Matemático peruano resolve problema de 3 séculos sobre números primos

O peruano Harald Andrés Helfgott conseguiu resolver um problema matemático sem solução por 271 anos. A chamada "conjectura fraca" proposta por Christian Goldbach, em 1742, diz que cada número ímpar maior do que cinco pode ser expresso como uma soma de três números primos, mas ninguém tinha conseguido provar isto. Os números primos são aqueles que só são divisíveis por eles mesmos e por um.
"Nós expressamos em uma linha de texto uma verdade que não tinha sido demonstrada por mais de 270 anos (sobre o problema matemático)", disse Helfgott, em entrevista à Rádio Filarmonia.
O especialista lembrou que o problema havia sido descrito por Godfrey Harold Hardy em seu discurso de 1921 como um dos mais difíceis problemas não resolvidos da matemática.
Há ainda a conjectura forte, que diz que todo número par maior que 2 é a soma de dois primos. Como o nome indica, a versão fraca seria confirmada se a versão forte fosse verdadeira: para representar um número ímpar como uma soma de três números primos seria suficiente subtrair 3 dele e aplicar a versão forte para o número par resultante. Por exemplo, 34 é a soma de 11 com 23. Para chegar em 37, bastaria somar 11, 23 e 3.
A conjectura forte não é abordada no estudo. Seu trabalho faz parte de uma longa linha de artigos que usam uma técnica chamada de "método do círculo de Hardy-Littlewood-Vinogradov". A ideia geral é transformar uma questão sobre números, neste caso, os primos, em integrais em círculos usando técnicas originalmente provenientes da análise de planos complexos.
Helfgott é pesquisador do Centro Nacional para Investigação Científica (CNRS) em Paris e seu estudo está disponível nos arquivos da Universidade de Cornell e ainda necessita revisão.

Números primos gêmeos

Na semana passada, estudo publicado no Annals of Mathematics desvendou outro antigo problema com números primos, os números primos gêmeos -- que são aqueles cuja diferença é igual a dois. Os pares de números primos gêmeos são 3 e 5, 5 e 7, 11 e 13 etc.. A pesquisa de Yitang Zhang provou que os números primos gêmeos são infinitos, como postulava a teoria de 1849 do francês Alphonse de Polignac.
mais importante utilização dos números primos é no reforço de sistemas de segurança em criptografia. Pode-se dizer que um sistema criptografado é tão mais seguro quanto maiores forem os primos utilizados na sua estrutura. A questão então passa por determinar se um número é primo ou não. 

Livro apresenta 1.200 casos de camponeses mortos e desaparecidos na ditadura militar



Cerca de 90 trabalhadores rurais sem terra acompanharam, nesta sexta-feira (24), o lançamento do livro Camponeses Mortos e Desaparecidos: Excluídos da Justiça de Transição. A obra pretende auxiliar a Comissão Nacional da Verdade (CNV) no reconhecimento oficial de 1.196 casos de camponeses mortos e desaparecidos no campo em função das diversas formas de repressão política e social entre setembro de 1961 e outubro de 1988, período indicado pela Lei 9.140/1995 – a primeira a reconhecer que pessoas foram assassinadas pela ditadura militar (1964-1985).

Apesar do número expressivo (3,5 vezes acima do total de reconhecidos oficialmente como mortos por perseguição política), apenas 51 casos foram analisados pela Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) e, desses, 29 tiveram a causa da morte relacionada à questão política.
"É importante para os trabalhadores rurais, para os camponeses brasileiros recuperar essa história, porque muito dessa história ainda é atual e o estado tem a responsabilidade de apurar os crimes e, com a Comissão da Verdade, fazer com que isso seja colocado a limpo", disse o coordenador do projeto Direito à Memória e à Verdade, Gilney Viana, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), que elaborou o estudo que resultou no livro em parceria com a Comissão Camponesa da Verdade.
De acordo com o livro, há mortes durante o regime militar e também durante o regime civil. Quatro pessoas foram assassinadas antes do golpe de abril de 1964; 756 foram mortas durante a ditadura (sendo 432 na abertura política após 1979); e 436 após março de 1985, na transição civil (governo Sarney). Segundo o documento, o aumento da violência no campo a partir da distensão e ao longo da chamada Nova República tem a ver com a organização política dos trabalhadores rurais.
Os estados que acumulam o maior número de pessoas assassinadas (lideranças ou não) são o Pará (342 mortes); o Maranhão (149 mortes); a Bahia (126 mortes); Pernambuco (86 mortes) e Mato Grosso (82 mortes). Mais de 96% dos assassinados eram homens.
Grande parte das mortes não ocorreu pelas mãos dos "agentes do Estado" (policiais e militares), 15% do total (177 casos); mas por "agentes privados" (milícias e pistoleiros contratados). Na avaliação de Viana, a participação de agentes do Estado nem sempre é tão clara porque, no campo, a repressão acabava sendo exercida pelos latifundiários. "O poder do Estado lá era delegado a um fazendeiro, a um coronel que atuava às vezes como preposto da ditadura. É uma situação política que exige uma nova interpretação da lei [que criou a Comissão dos Mortos e Desaparecidos Políticos no Brasil]", defendeu.
Sem-terra de Parauapebas no Pará, Francisco Moura, região que permanece campeã em conflitos pela posse da terra, relata que alguns casos permanecem na memória das novas gerações. "Como nós moramos na região que é das mais conflituosas hoje na questão da luta pela terra, nós conhecemos muito a história de alguns desses personagens que estão no livro", disse.
A obra foi encaminhado à Comissão Nacional da Verdade que, na terça-feira (21), fez o balanço de seu primeiro ano de atividades.

Veja o que Agnelli, ex-Vale, tirou dos brasileiros

26 de Maio de 2013 | 14:04
O que Roger Agnelli, o queridinho de nossos analistas econômicos, tirou do nosso país quando encomendou na China e na Coreia a frota de supergraneleiros – aliás, um “mico” naval, que quase provoca um desastre em São Luiz – para a Vale?
Para saber é só ler a reportagem sobre o que está acontecendo na cidade capixaba de Aracruz – “Estaleiro ultrapassa papel em Aracruz”-, publicada hoje pelaFolha.
Na cidade que só era conhecida pelas suas medonhas megaplantações de eucalipto para celulose, os coreanos da Jurong estão investindo R$ 1 bilhão para construir ali um estaleiro que vai produzir sete navios sonda – como o da foto – para a Petrobras usar no pré-sal, com capacidade para perfurar em águas profundíssimas, abaixo de três mil metros de lâmina d`água. Vai gerar seis mil empregos, a maioria qualificados,  e de ótimos salários numa cidade que tinha, pelo censo de 2010, 35 mil pessoas em idade ativa. Ou seja, quase 20% de todos os que têm idade para trabalhar.
Os navios de Agnelli só fizeram isso pelos chineses e pelos coreanos, com o dinheiro dos brasileiros.
Inclusive dos poucos impostos que pagava, percentualmente uma mixaria perto de outras empresas.
Mas era o “competente”, a alegria dos acionistas, da Mirian Leitão e da mídia em geral, que criticava e critica a decisão da Petrobras de fazer o máximo de encomendas aqui no Brasil, mesmo que isso tenha mais dificuldades e desafios.
Vai demorar um pouco mais e custar um pouco mais? Pode até ser, mas é salário para brasileiros, indústria para o país, progresso para o Brasil.
E os navios de Agnelli? Bem, eles só não viraram elefantes brancos porque não são brancos, porque estão é trazendo prejuízos para a empresa, pela falta de planejamento com que sua construção foi ordenada.
E muito mais para o Brasil, porque este crime não tem mais reparação.

Por: Fernando Brito

Veja o calendário do licenciamento 2013 em São Paulo

Fique atento ao prazo correspondente ao final da placa de seu veículo
O licenciamento de veículos deve ser feito até o último dia útil do mês correspondente ao número final da placa.
Final 1: até 30 de abril

Final 2: até 31 de maio

Final 3: até 28 de junho

Final 4: até 31 de julho

Finais 5 e 6: até 30 de agosto

Final 7: até 30 de setembro

Final 8: até 31 de outubro

Final 9: até 29 novembro

Final 0: até 31 de dezembro

Do Portal do Governo do Estado

REFLEXÃO!

Deus, dai-me serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar, coragem para mudar as coisas que eu possa, e sabedoria para que eu saiba a diferença: vivendo um dia a cada vez, aproveitando um momento de cada vez. 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

DANTAS PAGOU R$ 8,8 MILHÕES A ADVOGADO QUE NÃO TRABALHOU PARA ELE



Se Bermudes não trabalhou para Dantas, como é que Dantas pagou R$ 8,8 milhões ao Bermudes ?


Aparentemente, uma publicação do Sistema Dantas de Comunicação – clique aqui para conhecer os membros ilustres dessa galeria de publicações “jornalísticas” informou que o Juiz Macabu do Superior Tribunal de Justiça não aceitou a denuncia de suspeição que o deputado federal Protógenes Queiroz levantou contra ele, Juiz Macabu.

Clique aqui para ler “Protógenes que evitar um escândalo que vai macular o Judiciário: o Juiz Macabu enterra a Satiagraha. Ele e só ele !”.

Como sabe o amigo navegante, Daniel Dantas entrou com 483 liminares no Superior Tribunal de Justiça para matar a Satiagraha.

Clique aqui para ler “Como Dantas pretende acabar com a Satiagraha”.

O principal foco da suspeição do Juiz Macabu é que ele tem um filho, Macabu Filho, que trabalha no escritório do advogado de Dantas.

É o mesmo advogado que advoga para Gilmar Dantas (*) e emprega a mulher de Gilmar Dantas (*).

Gente finíssima.

Diz o amigo navegante que essa publicação dantesca entrevista Sergio Bermudes, o advogado em pauta.

E Bermudes tem a audácia de dizer que não é advogado de Dantas.

Este ansioso blogueiro recorreu ao escritório de Sergio Bermudes – era o correspondente no Rio do advogado em São Paulo – para uma questão de  testamento.

O escritório de Bermudes recusou-se a defender este ansioso blogueiro porque alegou suspeição: advogava para o passador de bola apanhado no ato de passar bola.

O amigo navegante lembra que “tem uma foto que aparece ele o Dantas sorridentes entrando na PF do Rio de Janeiro em uma das primeiras vezes que o Dantas foi depor sobre a fraude do Opportunity Fund. Foi depor para o delegado da PF Deuler Rocha, que ousou investigar Dantas e o Marcelo Lunus Itagiba, então chefe da PF no Rio, mandou Deuler para a Ilha do Diabo.”

“E o Bermudes não era advogado do Dantas? Foi à PF, porque prefere ir à Praça Mauá em vez de ir à praia ?”, no Rio ?

“O interessante”, lembra o amigo navegante, “é que a foto do Bermudes com o Dantas sumiu do GOOGLE, como um monte de outras coisas somem enigmaticamente do Google”.

Alô, alô, Google, que sistema de segurança é esse que some com notícias e fotos referentes ao “banqueiro condenado”, segundo Protógenes Queiroz ?

Portanto, segundo essa publicação comercial, Dantas não é Dantas, Bermudes não é Bermudes, o filho de Macabu trabalha no escritório de Bermudes mas Bermudes não conhece ele.

Só tem um problema.

Quando Dantas foi chutado para fora da Brasil Telecom, a Brasil Telecom fez um levantamento dos gastos de Dantas com advogados, quando estava no comando da Brasil Telecom, por decisão expressa do Fernando Henrique Cardoso.

Esse relatório foi publicado pela respeitada publicação Teletime e este ansioso blog reproduziu.

Temos aí um problema interessante, Dr Macabu.

Se Bermudes não trabalhou para Dantas, como é que Dantas pagou R$ 8,8 milhões ao Bermudes ?

Esquisito, não, Dr Macabu ?

O senhor tem certeza de que quer meter a mão nessa Cumbica ?

O CNJ sabe disso ?

O Ministério Público Federal sabe disso ?

A Corregedoria da Câmara sabe disso ?

O Deputado Protogenes notificou os três.

Veja lá o que disse, na época este Conversa Afiada:

BrT apura contratos de R$ 52 milhões com advogados em favor de Dantas
sexta-feira, 5 de maio de 2006

Entre as várias reclamações que a Brasil Telecom faz à CVM em função dos abusos de gestão do Opportunity quando estava no comando da companhia está o uso da empresa para pagar advogados em causas que interessavam, segundo diz a própria BrT em suas representações, aos interesses diretos do Opportunity. Um dos interesses diretos do Opportunity cujos advogados foram pagos pela Brasil Telecom é o Caso Kroll. 

Como se recorda, a empresa de espionagem, contratada pela BrT, atuou no levantamento de informações que atendiam aos interesses do grupo de Daniel Dantas. Foi pega pela Polícia Federal e contra ela foi aberto inquérito que indiciou Daniel Dantas, Carla Cico entre outros. A BrT, então, pagou R$ 20,151 milhões a diversos advogados, segundo a representação encaminhada à CVM, na defesa de interesses do Opportunity no caso.
TELETIME News teve acesso aos documentos que embasam a representação e a relação de escritórios contratados pela Brasil Telecom para defender Carla Cico e o próprio Daniel Dantas (que não tinha nenhum vínculo formal com a BrT). Os advogados e os montantes referentes aos contratos (não necessariamente são os valores pagos) são os seguintes:
*José Luis Oliveira Lima Advogados teve contrato de R$ 1,05 milhão celebrado com a BrT, e chegou a negociar especificamente a defesa dos interesses de Daniel Dantas. Procurado no dia 27 por este noticiário, informou que em face do sigilo profissional prefere não responder as perguntas feitas.

*Antônio Carlos de Almeida Castro Advogados – levou contrato de R$ 6,2 milhões para defender Carla Cico no Caso Kroll. Por email, o advogado confirmou ter assinado dois contratos de prestação de serviços para BrT, um anterior ao Caso Kroll e outro relativo ao Caso Kroll. Mas se reservou ao direito de não comentá-los. Confirmou também ter defendido Daniel Dantas e Carla Cicco no Caso Kroll em um contrato separado, ao qual renunciou em 10 de agosto de 2005.

*Nélio Machado – é o advogado de Daniel Dantas no Caso Kroll e teve também celebrado um contrato de R$ 6 milhões com a BrT, segundo a empresa. Procurado desde o dia 27, o escritório de Nélio Machado não se manifestou, apesar de ter confirmado o recebimento das perguntas.

*Wilson Mirza (**) celebrou, segundo a Brasil Telecom, contrato de R$ 1,6 milhão referente ao Caso Kroll. Por telefone, disse que prefere não se pronunciar, em respeito ao sigilo profissional.

*Tojal, Teixeira, Ferreira Serrano & Renault Advogados teve contrato celebrado de R$ 8,05 milhões referente ao Caso Kroll. Por telefone, explicou que desde 1999 o escritório prestou e ainda presta diversos serviços para a Brasil Telecom. Diversos deles dizem respeito a questões de interesse estritamente da operadora, como compartilhamento de bens, licitações, tarifas etc. Afirma nunca ter sido contratado diretamente pelo Opportunity. Seu cliente sempre foi a Brasil Telecom. Confirmou ter sido contratado pela BrT para defender sua presidente, Carla Cicco, no Caso Kroll, mas afirma não ter recebido os R$ 8,05 milhões citados na representação da CVM. Acredita que no máximo o escritório recebeu R$ 1 milhão nessa causa.

Conflitos entre sócios

Além dos escritórios que foram contratados para defender Carla Cico, o Opportunity e Daniel Dantas no Caso Kroll, há ainda uma relação de contratos de advogados que foram acionados para, em nome da Brasil Telecom, interferir na substituição do Opportunity como gestor da companhia. A nova gestão da Brasil Telecom, na representação enviada à CVM, alega que esses contratos significaram o uso da companhia para interferir em uma disputa entre os acionistas da empresa. Foram movimentos feitos junto à Anatel, Tribunal de Contas da União, CVM e Secretaria de Previdência Complementar para impedir desde a troca de gestores até contratos entre os fundos de pensão e o Citibank, contratos esses que não envolvem a Brasil Telecom. Os advogados listados pela Brasil Telecom são:

*Tojal, Teixeira, Ferreira Serrano & Renault Advogados celebrou com a BrT contrato de R$ 5 milhões para “suspender acordo entre Citi e fundos (put)”. Por telefone, explicou que desde 1999 o escritório prestou e ainda presta diversos serviços para a Brasil Telecom. Diversos deles dizem respeito a questões de interesse estritamente da operadora, como compartilhamento de bens, licitações, tarifas etc. Afirma nunca ter sido contratado diretamente pelo Opportunity. Seu cliente sempre foi a Brasil Telecom.

*Irineu de Oliveira Advogados – celebrou contrato de R$ 1,12 milhão para defender interesses da Brasil Telecom junto à Anatel no sentido de manter o controlador liminarmente. Contatado pelo email fornecido pela OAB no dia 27 de abril, não respondeu à reportagem.

*Luís Roberto Barroso – tem contrato de R$ 1,73 milhão para entrar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) com ação contra a AGE da Brasil Telecom Participações que destituiria o grupo de Daniel Dantas. Informou por escrito que o escritório de Advocacia Luís Roberto Barroso & Associados foi contratado pela Brasil Telecom para prestação de serviços jurídicos consistentes no ajuizamento de medida judicial (Suspensão de Segurança) perante o Supremo Tribunal Federal. Discutiam-se, naquela medida, questões de interesse inequívoco da Brasil Telecom envolvendo a interpretação e aplicação da Lei Geral de Telecomunicações, a necessidade de prévia manifestação da Anatel sobre a alteração de controle em empresa de telefonia, os riscos de danos aos usuários e à concorrência em razão de participações cruzadas em mais de uma empresa de telefonia e o risco de sanções decorrentes da inobservância de regras e procedimentos legais e administrativos. Este foi o único contrato celebrado por nosso escritório com a Brasil Telecom.

*Menezes e Vieira – aparece em contrato de R$ 1,75 milhão para atuar junto ao TCU na ação criada por reclamação do Deputado Alberto Fraga (PFL/DF) contra o acordo de “put”. Por questão de sigilo profissional, o escritório preferiu não responder as perguntas. Mas afirmou não prestar nem nunca ter prestado serviços para o Opportunity ou para Daniel Dantas. Todavia, acrescentou ao fim do email: Esclarecemos a V. Sª., não obstante, que como nosso escritório tem destacada e reconhecida atuação perante o Tribunal de Contas da União, nos consideramos altamente credenciados para sermos procurados e contratados por quaisquer pessoas físicas ou jurídicas, de qualquer porte.

*Sérgio Bermudes – diversos contratos de 2001 a setembro de 2005, no total de R$ 8,8 milhões, para várias ações, inclusive possível ação em Milão contra Telecom Italia. Por telefone disse que não responderia as perguntas em respeito ao sigilo profissional e preferiu não enviar sua resposta por escrito.

*Wald Advogados – os contratos vão de março de 2004 a junho de 2005, no total de R$ 18,8 milhões, e estão arrolados entre as evidências enviadas à CVM na representação feita pela Brasil Telecom. Os contratos são genéricos, sem especificar os serviços prestados. Mas a representação em si não cita estes contratos. Segundo o advogado Arnold Wald, houve uma retificação na representação entregue à CVM e seu nome foi retirado.

(*) A propósito, o advogado Sergio Bermudes também defende Luis Cantidiano numa ação que move contra o jornalista Ruberns Glasberg, dessa mesma Teletime. Cantidiano, como se sabe, foi advogado e sócio de Dantas e por Dantas nomeado – no Governo FHC, clique aqui para ler “FHC chama Dantas de “brilhante” – presidente da CVM, ou seja, da instituição que “vigiaria” Dantas. (E jamais vigiou …)

Clique aqui para ler como o Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (*), segundo Noblat, ameaçou um jornalista do Acre. Repare na expressão do rosto dele, ao ameaçar o jornalista.

(**) Wilson Mirza, segundo o relatório da Operação Satiagraha, teve uma edificante participação no episódio que culminou na condenação de Dantas: a tentativa de subornar um agente da Polícia Federal.



Paulo Henrique Amorim
fonte: http://www.conversaafiada.com.br/politica/2011/03/23/dantas-pagou-r-88-milhoes-a-advogado-que-nao-trabalhou-para-ele/#.UZ54vBg8cb4.twitter

DEPUTADOS AMERICANOS QUEREM FIM DO VISTO PERMANENTE PARA O BRASIL

Quinta-feira, 23 de maio de 2013 - 16h53

Comissão da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprova projeto de lei que restringe vistos permanentes a brasileiros. O texto ainda prevê o cancelamento de fundos ao Serviço de Imigração e Cidadania, departamento que emite a documentação.
A proposta precisa ser aprovada em plenário. O autor da lei, o democrata Tom Ryan, afirma que o texto é uma retaliação ao governo brasileiro, que não aceitou a extradição de Cláudia Hoerig. A brasileira é acusada de ter assassinado o marido, um veterano das guerras do Afeganistão e do Iraque.
O caso aconteceu em março de 2007, no estado de Ohio. A investigação concluiu que o militar Karl Hoerig foi morto a tiros em casa. A esposa é a principal suspeita e está foragida.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Pedagoga denuncia racismo em livros escolares em Israel

Nurit Peled-Elhanan critica setores mais radicais do sionismo por incentivarem raiva que gera violência na região


Nurit Peled-Elhanan, professora de literatura comparada na Universidade Hebraica de Jerusalém, traz no peito uma dor aguda. Sua filha, de 13 anos, foi assassinada em um atentado terrorista, quando um homem-bomba explodiu, em 1997, na rua Ben Yehuda, perto do bairro cristão da Cidade Velha.

Várias famílias israelenses já passaram por tragédias desse tipo, em tantos anos de conflito. O usual e compreensível é reagir com ódio contra os inimigos e apontar o dedo da culpa aos palestinos. As feridas de guerra, aliás, fazem parte da explicação para severas medidas de segurança, que progressivamente foram limitando a mobilidade e os direitos nos territórios ocupados.

Mikhail Frunze/Opera Mundi

Após a morte de sua filha, Nurit fundou uma instituição com parentes de vítimas de atos terroristas


Mas Nurit reagiu contra o senso comum. Seus discursos, escritos e entrevistas denunciam setores mais duros do sionismo por fomentar a raiva e o desespero que levaram à violência suicida de 1997. Ajudou a fundar a associação "Famílias em luto pela paz", que reúne parentes de judeus e palestinos vitimados pelo terrorismo individual ou de Estado.

A pedagoga, no entanto, mexeu em um vespeiro quando divulgou, no ano passado, estudo no qual classificava os livros escolares utilizados em Israel como “racistas e antipalestinos”. Para Nurit, o povo árabe é sempre representado, nessas obras, como “Ali Baba em um camelo, terroristas de cara coberta, gente de cultura primitiva e perigosa”.

Seu ponto de vista foi fortemente criticado por outros especialistas. O Instituto para o Monitoramento da Tolerância Cultural e da Paz na Educação Escolar, por exemplo, alega que a pedagoga teria trabalhado sobre um número muito restrito de livros, deixando de lado aqueles que não comprovavam sua tese.

Mikhail Frunze/Opera Mundi

Crianças visitam cemitério em homenagem a soldados mortos


Mas Nurit não desiste de sua interpretação. “O sistema educacional e seus instrumentos didáticos estão organizados para um objetivo etnocêntrico”, afirma. “Apesar de decadente, a educação israelense é muito sofisticada. Até nas cadeias o ensino é surpreendente. Mas a lógica é forjar uma cultura racial contra árabes e palestinos.”

A análise que faz se baseia em textos e fotos. “Apenas a narrativa sionista é ensinada, para todos os israelenses”, registra. “Não há fotos de palestinos nestes livros, sua versão da história não é estudada, sua cultura não está retratada.”

As obras escolares, adquiridas pelo Ministério da Educação, são editadas por empresas privadas, segundo a pedagoga, e distribuídas para os dois sistemas de ensino, a rede judaica (formada por escolas estatais, estatais-religiosas e particulares) e as unidades árabes, que estão submetidas ao mesmo currículo. Apenas o idioma é trocado.
Além da separação organizativa, também as verbas destinadas para as duas cadeias educacionais são diferentes. De acordo com o Comitê para o Acompanhamento da Educação Árabe, o gasto anual por estudante judeu está em 1,1 mil dólares, contra 192 dólares que custeiam o aluno palestino. A taxa de abandono escolar está em 6% entre os judeus, o dobro entre os árabes.

Relatório de 2001 da Human Rights Watch, organização não-governamental sediada em Nova Iorque, identificou que escolas árabes recebiam educação inferior às judaicas, com menos professores, construção inadequada, falta de bibliotecas e menor espaço recreativo. O próprio Ministério da Educação reconheceu o fosso e se decidiu pela adoção de políticas afirmativas, anunciando 25% do orçamento educacional, a partir de 2007, para o sistema árabe - acima dos 20% que essa parcela representa na população. Organizações humanitárias e pedagógicas, no entanto, afirmam que essa promessa não está sendo cumprida.

O governo divulgou, porém, alguns avanços que teriam sido conquistados, no setor árabe, durante a primeira década do século. Haveria 50% mais professores de informática, 171% de matemática, 25% de física, 44% de química e 81,7% de biologia. Mas as entidades continuam a registrar um déficit de 6,1 mil salas de aula e 4 mil professores para equiparar os dois sistemas.

Mas o problema não está circunscrito a verbas e logística. O Ministério da Educação difundiu, em abril de 2010, orientação curricular através da qual estabelecia que o foco nos valores judaicos e sionistas não poderia ser enturvado por abordagens multiculturais. Essa discussão de conteúdo é que desperta as principais críticas de Nurit Peled-Elhanan.

“As crianças judias, desde o jardim da infância, são traumatizadas pelo ensino do Holocausto”, declara. “Não é um estudo voltado para o resgate histórico, mas para utilizar imagens e fatos do genocídio sob o nazismo na fabricação do ódio e o preconceito contra os árabes. O objetivo estratégico de nosso sistema é educar bons soldados, ideologicamente prontos para a guerra de ocupação que Israel trava desde 1967.”

Mikhail Frunze/Opera Mundi

Nurit critica o objetivo etnocêntrico do sistema educacional de Israel


Filha de um general que foi do Estado-Maior israelense na Guerra dos Seis Dias, mas depois se converteu em militante pacifista, Nurit também considera autoritário e excludente a supervisão exercida pelo Ministério da Educação nas escolas. “Qualquer violação do currículo, qualquer tentativa de escapar da narrativa sionista, pode significar apreensão de material e pressão sobre os professores, especialmente os árabes”, destaca. “Os pedagogos judeus têm muito mais liberdade, mas os palestinos aprenderam a sobreviver através da auto-censura.”

Um caso particular é o de Jerusalém Oriental. Seus habitantes árabes não são considerados cidadãos israelenses, tornando o acesso ao ensino ainda mais complicado. Muitos, aliás, buscam o registro de nacionalidade para obter melhores serviços públicos. Depois de uma campanha aguerrida, os palestinos conquistaram o direito de usar seus próprios livros nessa área da cidade, mas não eliminaram a inspeção israelense. Diversos textos, segundo a pedagoga, aparecem com trechos riscados ou páginas em branco.

“A educação israelense é etnocida”, afirma Nurit. “Sua base é uma espécie de nacionalismo racista e colonial.”

sexta-feira, 17 de maio de 2013

As 15 cidades brasileiras entre as mais violentas do mundo


Maceió lidera e Brasília estreia no triste ranking das 50 cidades com maior taxa de homicídios do mundo em 2012. Brasil tem 15 representantes na lista

1. Maceió (AL) – 85,88

Homicídios: 801
Habitantes: 932.748
Taxa de homicídios por 100 mil habitantes: 85,88
Taxa em 2011: 135,26

Posição no ranking mundial: 6 º lugar

2. João Pessoa (PB) – 71,59

Homicídios: 518
Habitantes: 723.515
Taxa de homicídios por 100 mil habitantes: 71,59
Taxa em 2011: 48,64
Posição no ranking mundial: 10º lugar

3. Manaus (AM) – 70,37

Homicídios: 945
Habitantes: 1.342.846
Taxa de homicídios por 100 mil habitantes: 70,37
Taxa em 2011: 56,21

Posição no ranking mundial: 11º lugar

4. Fortaleza (CE) – 66,39

Homicídios: 1.628
Habitantes: 2.452.185
Taxa de homicídios por 100 mil habitantes: 66,39
Taxa em 2011: 42,90

Posição no ranking mundial: 13º lugar

5. Salvador (BA) – 65,64 (região metropolitana)

Homicídios: 2.391
Habitantes: 3.642.682
Taxa de homicídios por 100 mil habitantes: 65,64
Taxa em 2011: 56,98

Posição no ranking mundial: 14º lugar

6. Vitória (ES) – 60,40

Homicídios: 1.018
Habitantes: 1.685.384
Taxa de homicídios por 100 mil habitantes: 60,40
Taxa em 2011: 67,82

Posição no ranking mundial: 16º lugar

7. São Luís (MA) – 50,16

Homicídios: 509
Habitantes: 1.014.837
Taxa de homicídios por 100 mil habitantes: 50,16
Taxa em 2011: 50,85

Posição no ranking mundial: 23º lugar

8. Belém (PA) – 48,23

Homicídios: 1.033
Habitantes: 2.141.618
Taxa de homicídios por 100 mil habitantes: 48,23
Taxa em 2011: 78,04

Posição no ranking mundial: 26º lugar

9. Cuiabá (MT) – 45,28

Homicídios: 380
Habitantes: 839.130
Taxa de homicídios por 100 mil habitantes: 45,28
Taxa em 2011: 48,32

Posição no ranking mundial: 28º lugar

10. Recife (PE) – 44,54

Homicídios: 1.656
Habitantes: 3.717.640
Taxa de homicídios por 100 mil habitantes: 44,54
Taxa em 2011: 48,23

Posição no ranking mundial: 30º lugar

11. Goiânia (GO) – 42,01

Homicídios: 547
Habitantes: 1.302.001
Taxa de homicídios por 100 mil habitantes: 42,01
Taxa em 2011: 37,17

Posição no ranking mundial: 34º lugar

12. Curitiba (PR) – 34,08

Homicídios: 597
Habitantes: 1.751.907
Taxa de homicídios por 100 mil habitantes: 34,08
Taxa em 2011: 38,09

Posição no ranking mundial: 42º lugar

13. Macapá (AP) – 32,06

Homicídios: 160
Habitantes: 499.116
Taxa de homicídios por 100 mil habitantes: 32,06
Taxa em 2011: 45,08

Posição no ranking mundial: 45º lugar

14. Belo Horizonte (MG) - 29,74

Homicídios: 1.452
Habitantes: 4.882.977
Taxa de homicídios por 100 mil habitantes: 29,74
Taxa em 2011: 34,40

Posição no ranking mundial: 48º lugar

15. Brasília (DF) - 29,73

Homicídios: 764
Habitantes: 2.570.160*
Taxa de homicídios por 100 mil habitantes: 29,73*
Taxa em 2011: 27,66

Posição no ranking mundial: 49º lugar
* Considera todo Distrito Federal
FONTE: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/as-15-cidades-brasileiras-entre-as-mais-violentas-do-mundo#16












quarta-feira, 15 de maio de 2013

FIFA ELOGIA BRASÍLIA E ITAQUERÃO SOBE NO TELHADO

TINHA TUDO PRA DAR CERTO: REFORMAR O MORUMBI COM CUSTO MAIS BAIXO, MELHOR LOCALIZAÇÃO E TAMANHO, MAS PREFERIRAM DAR UMA CAIXA DE FOSFORO AO CORINTHIANS QUE TERÁ 60 MIL APERTADOS PRA COPA E DEPOIS 40 MIL NOS JOGOS DO TIME!

“Brasil virou gente grande e precisa ser mais ousado”



O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma defesa veemente, nesta terça-feira (14), em Porto Alegre, da necessidade de o Brasil ter uma política externa mais ousada. "O Brasil está vivendo um momento especial, venceu o complexo de vira-latas, virou gente grande e tem que ser mais ousado e disputar espaço em todas as partes do mundo. Precisamos oferecer à África e à América Latina uma perspectiva não colonizadora", disse Lula durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Rio Grande do Sul (CDES-RS).

Porto Alegre - “O Brasil está vivendo um momento especial, venceu o complexo de vira-latas, virou gente grande e tem que ser mais ousado em sua política externa. O país deveria estar no G7, pois já é a sexta economia do mundo. Não está porque o G7 é uma confraria. O Brasil precisa disputar em todas as partes do mundo. Tem que ir entrando e conquistando espaço. Precisamos oferecer à África e à América Latina uma perspectiva não-colonizadora. Para isso, temos que ajudar a financiar as economias menores. Se não fizermos, os chineses, os americanos e os europeus o farão”. Essa é a síntese da proposta apresentada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (14), em Porto Alegre, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Rio Grande do Sul (CDES-RS).

A intervenção de Lula foi uma defesa veemente da necessidade de o Brasil ter uma política externa mais ousada. Após elogiar a iniciativa do governador Tarso Genro de realizar uma série de missões internacionais para, entre outras coisas, abrir novos mercados para empresas gaúchas e atrair investimentos para o Estado, Lula relatou um pouco do que foi a política externa em seu governo e defendeu o fortalecimento da presença do Brasil no mundo. Falando sobre as viagens que fez em seu governo, o ex-presidente lembrou que recebeu muitas críticas quando decidiu começar a visitar a África e quando rejeitou, junto com outros presidentes da região, a proposta da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) em favor do fortalecimento do projeto do Mercado Comum Sulamericano (Mercosul) e, mais tarde, da União Sulamericana de Nações (Unasul).

Empresário defende missões internacionais

Lula defendeu que o governo gaúcho deve aprofundar essa política, recordando um episódio de seu governo: “Nós gastamos cerca de 500 mil dólares para fazer uma feira em Dubai. Recebemos muitas críticas de gente que dizia que estávamos jogando dinheiro fora. No outro dia dessa feira, empresas brasileiras venderam 50 milhões de calçados. E os críticos não disseram nada sobre isso”.

O empresário gaúcho Paulo Tigre, integrante do CDES-RS, defendeu a posição de Lula e a política de missões internacionais implementada pelo governo estadual. “Alguns negócios levam anos para sair. Para que isso ocorra, é muito importante abrir esse diálogo entre governos e empresas”, afirmou. Na mesma linha, Tarso Genro defendeu enfaticamente a política de seu governo: “Superamos uma visão paroquial da política marcada pelo complexo de vira-latas. Algumas pessoas ainda acham mais importante ficar perguntando quanto custa cada missão, ignorando por completo os benefícios que trazem para o Estado no médio e longo prazo”.

Aumento de poder e de responsabilidade

“Quando iniciei meu governo, a nossa balança comercial com a Argentina era de apenas 7 bilhões de dólares. No final, era de 39 bilhões”, destacou Lula. Ele defendeu ainda que o Brasil, na condição de maior país e maior economia da região, tem que ser mais generoso e querer que seus vizinhos cresçam também. “Por isso, quando deixei o governo, nosso principal parceiro comercial era a América Latina e não os Estados Unidos ou a União Europeia”. 

Hoje, acrescentou, o desafio colocado para nossos governantes e empresários é maior. “Ganhamos as direções da FAO e da OMC e as nossas responsabilidades aumentaram muito. Na hora em que nos tornamos grandes não podemos nos comportar da mesma maneira”, emendou ao justificar a defesa de mais ousadia na política internacional brasileira.

Lula contextualizou essa necessidade fazendo um diagnóstico da crise financeira e econômica internacional, iniciada em 2008. “Essa crise, que ainda não terminou, é resultado de uma crise política maior. Ela poderia ter sido resolvida entre 2008 e 2009. Só não foi por falta de dirigentes políticos capazes de decidir. Cerca de 9,5 trilhões de dólares já foram gastos para enfrentar a crise sem resolver o problema. Na Europa, agravou-se o problema do desemprego. A economia está dando sinais de recuperação nos Estados Unidos porque Obama está querendo reindustrializar o país. Por outro lado, os Estados Unidos gastaram cerca de 3 trilhões de dólares, só na guerra no Iraque. Imaginem quantos programas como o Bolsa Família ou o Luz para Todos poderiam ser financiados na África com esses recursos”. Diante deste cenário, o ex-presidente pediu maior protagonismo dos governantes e empresários brasileiros em todas as partes do mundo.

A diplomacia do mascate

“Tem que jogar o jogo e, para isso, é preciso disputar, é preciso viajar e se reunir com representantes de outros países. Se não fizermos isso, podem ter certeza que a China, a Índia e outros países o farão”. Lula lembrou também as tentativas dos Estados Unidos de recuperar espaço perdido na região com propostas de tratados de livre comércio bilaterais (como o que está sendo discutido com a Colômbia) e do Pacto do Pacífico, querendo afastar os países dessa região da área de influência do Brasil e dos projetos de integração sulamericanos. “Os Estados Unidos precisam olhar o Brasil como parceiro e não como adversário. Eles querem afastar países como Equador, Colômbia, Peru e Chile da América do Sul. Ao mesmo tempo, querem fazer o Pacto do Atlântico. Essa é outra razão pela qual o Brasil ser mais ousado”, reforçou Lula, acrescentando de modo enfático: 

“O país tem que fazer política externa como se fosse um mascate, precisa mapear cada país e ver onde há complementariedades e onde o Brasil pode colocar seus produtos. Precisamos pegar tudo o que o Brasil produz e mostrar ao mundo. E temos que fazer isso propondo sociedades e parcerias, não querendo sufocar os países menores”.

Lula destacou também, como condição necessária para o sucesso dessa política externa, a necessidade de o Brasil manter sólidas relações com a Argentina. “A Argentina e o Brasil tem que compreender que um país precisa do outro. Se as relações entre Argentina e Brasil estiverem bem, o Mercosul e a Unasul estarão bem. Se não estiverem, esses projetos de integração ficam enfraquecidos”. Além disso, reforçou outro de seus temas prediletos nos últimos anos, que é a defesa do aprofundamento das relações do Brasil com a África. “O Oceano Atlântico não é nenhum empecilho para o Brasil”, ironizou. “Erroneamente, muita gente ainda pensa que a África é um continente de miseráveis. A democracia na África está se consolidando em quase todos os países. A Nigéria é um país que tem 170 milhões de habitantes e tem só 4.500 megawatts de energia. Ou colocamos nosso pé lá ou outros colocarão”, acrescentou o ex-presidente, lembrando da forte e crescente presença da China nesta região.

A metáfora do mascate empregada por Lula falar de sua proposta para a política externa brasileira não a reduz a uma dimensão meramente comercial. Ele acredita que essa é também uma solução política para a crise. “Em 2008, recebi muitas críticas quando falei que a crise seria uma marolinha e pedi à população para que consumisse. E a economia do país resistiu bem à crise ao contrário do que aconteceu em outros países”. Lula defende que uma das medidas para enfrentar a crise política e econômica internacional é mais comercial, lembrando que os debates na Organização Mundial do Comércio estão congelados há quatro anos. E agora, um brasileiro estará na direção da OMC, o que não é um detalhe menor, lembrou. “Precisamos revisar os manuais. A política exige mais velocidade, precisamos inovar no comportamento, inovar na atitude”.


Fotos: Claudio Fachel/Palácio Piratini 

GLOBO COLOCA PRESSÃO SOBRE O STF E PEDE CADEIA-JÁ

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