quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Marcos Valério entrega tucanos - Esquema conta com delegados da polícia de MG


Valério entrega líderes tucanos para escapar de processo no STF
9/11/2012 19:30,  Por Redação - do Rio de Janeiro CORREIO DO BRASIL

Os mesmos petardos jurídicos disparados do Supremo Tribunal Federal (STF) por Joaquim Barbosa, presidente eleito da Corte e relator da Ação Penal 470, contra os principais líderes do Partido dos Trabalhadores (PT), partem agora na direção dos envolvidos na origem do escândalo que recebeu o apelido de ‘mensalão tucano’. O advogado Dino Miraglia, de Belo Horizonte, procurou a Assembleia Legislativa de Minas Gerais para pedir proteção à vida dele e de seu cliente, Nilton Antonio Monteiro, após peticionar ao Supremo para que estabeleça a conexão entre o caso conhecido como ‘lista de Furnas’ e o ‘mensalão tucano’, iniciado por Marcos Valério durante o governo do hoje senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
Em linha com o estilo do ministro Barbosa de detalhar as peripécias de Valério e seus cúmplices no ‘mensalão petista’, o caso da ‘lista de Furnas’, contido no inquérito 3530 do STF, acusa tucanos de alta plumagem, entre eles Azeredo, Clesio Andrade e Walfrido dos Mares Guia, de crimes como assassinato, explosões, incêndios, perseguições e até o suborno de magistrados da própria Corte Suprema. Compra de votos, no caso, seria o menor dos pecados cometidos pela quadrilha mineira. Segundo Miraglia, fitas transcritas do depoimento de outro advogado, Joaquim Engler Filho – então ligado ao PSDB mineiro – ao delegado João Otacílio Silva Neto, no Departamento Estadual de Operações Especiais da Polícia Civil de Minas Gerais, em 24 de janeiro de 2008, “comprovam o esquema montado para abafar o ‘mensalão mineiro”.
Modelo ligada ao Mensalão Tucano pode ter sido morta por 'queima de arquivo'! 

– As fitas transcritas com o depoimento de Engler Filho, que integram o inquérito 3530, denunciam a atuação do grupo político ligado ao PSDB mineiro e nacional, na tentativa de calar o denunciante do ‘mensalão tucano’, Nilton Monteiro. Ele foi igualmente responsável por trazer a público a ‘lista de Furnas’, comprovando o esquema montado por Dimas Fabiano, ex-dirigente da empresa estatal, para favorecer e financiar candidatos e campanhas eleitorais do PSDB. Nossa petição foi para que este inquérito seja juntado à Ação Penal 536, que comprova a ação ilícita ocorrida em Minas Gerais durante a gestão tucana – afirmou Miraglia ao Correio do Brasil.
DINO MIRAGLIA - AP 536 E INQUÉRITO 3530
DEIXAM MINAS GERAIS EM POLVOROSA 
Para o advogado, o acordo de Marcos Valério para obter vantagens jurídicas com a ‘delação premiada’ não está no âmbito da AP 470, que julga o ‘mensalão petista’, mas na AP 536, da qual Barbosa também é relator.
– O Marcos Valério está entregando todo mundo do PSDB. O esquema todo, para se livrar das penas que deverá receber quando esta ação for julgada. Quanto ao ‘mensalão petista’ não há mais muito o que fazer, mas na ação contra os tucanos, ele está contando tudo o que sabe. Minas está em polvorosa, porque a AP 536, após a juntada do inquérito 3530, transforma-se em um vendaval, capaz de revelar em detalhes toda a corrupção e demais crimes cometidos pelo alto escalão da República, na época do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso – relata Miraglia.

Advogado de Marcos Valério confirma delação de tucanos mineiros
Quanto ao chamado "mensalão mineiro", o andamento do caso está em fase bem mais adiantada do que
se imagina. A etapa das investigações já foi concluída e nela Marcos Valério forneceu todas as
informações , inclusive os nomes dos políticos ligados ao PSDB (deputados e ex-deputados) que
receberam, em contas bancárias pessoais, recursos financeiros para custear as despesas do segundo
turno da tentativa de reeleição do então Governador Eduardo Azeredo, em 1998, tendo entregue as
MARCOS VALÉRIO E O ADVOGADO MARCELO LEONARDO
cópias dos depósitos bancários realizados.
É importante saber que o ex-Procurador Geral da República, Dr. Antônio Fernando, ao oferecer denúncia
no caso chamado de "mensalão mineiro" contra Eduardo Azeredo (hoje deputado federal), Clésio
Andrade (hoje Senador) e outras quatorze pessoas, deixou de propor ação penal contra os deputados e
ex-deputados que receberam os valores, porque entendeu, expressamente, que o fato seria apenas crime
eleitoral (artigo 350 do Código Eleitoral – "caixa dois de campanha"), que já estava prescrito. Este
entendimento não foi adotado no oferecimento da denúncia e no julgamento da AP 470.
Sobre o "mensalão mineiro", atualmente, correm três ações penais distintas. Duas no STF, uma contra
Eduardo Azeredo e outra contra Clésio Andrade. A terceira, na qual é acusado Marcos Valério, tramita
perante a 9ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte (Justiça Estadual), contra todos os demais
denunciados que não tem foro por prerrogativa de função, pois neste caso o STF deferiu o pedido de
desmembramento do processo, o que não ocorreu na AP 470. Aquela última ação penal encontra-se na
etapa adiantada destinada a inquirição de testemunhas de defesa. Nela meu único cliente é Marcos
Valério. Não atuo na defesa de qualquer outro acusado em nenhuma destas ações.
Atenciosamente,
Marcelo Leonardo
Lista de Furnas vem a tona novamente e muda rumos do processo que julga o Mensalão Tucano
No meio do turbilhão causado pela intenção de Marcos Valério de incluir-se nos benefícios da “delação premiada”, surge um novo fato que deverá aquecer ainda mais o clima político no País, pois o processo que “dormia” há mais de 4 anos na Justiça Federal Carioca deverá, ainda nesta semana, subir para o STF- Supremo Tribunal Federal, após o advogado Dino Miraglia do denunciante Nilton Monteiro ter argüido a conexão entre o inquérito 3530, que apura os crimes praticados por Eduardo Azeredo, Clesio Andrade e  Walfrido dos Mares Guia, e o processo da “Lista de Furnas”, já que os crimes envolvem as mesmas partes e um fato é consequência do outro.
O inquérito 3530 apura incêndio criminoso e oito tentativas de homicídios contra familiares do denunciante do esquema, Milton Monteiro, que mesmo sem qualquer julgamento ou condenação permaneceu por meses preso, através de um esquema montado para desacreditá-lo perante a opinião pública. Monteiro foi o autor de denúncias envolvendo as principais lideranças do PSDB mineiro e nacional.
Foi com base nas denúncias e documentos apresentados por Monteiro que se iniciaram as investigações que culminaram com o processo do “Mensalão tucano mineiro” e a “Lista de Furnas”. Procedimentos que deveriam já há muito tempo, segundo juristas, andar juntos, pois ambos ocorreram em período eleitoral com o pretexto de financiar campanhas políticas e foram praticadas pelas mesmas pessoas.
 Embora a grande imprensa insista em afirmar que Marcos Valério procurou a PGR para denunciar apenas o esquema montado pelo PT, sabe-se que o mesmo, na verdade, pretende evitar o que ocorreu em relação ao processo do Mensalão do PT, onde se propôs a colaborar somente ao final, embora seu advogado Marcelo Leonardo insista na tese que seu cliente foi réu colaborador. Assim como em relação ao Mensalão do PT, Marcos Valério é o pivô do "Mensalão Tucano” e nova condenação seria fatal.


FONTE: http://cidadedeminas.blogspot.com.br/

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